Ação da Embraer (EMBR3) cai após recorde de pedidos no 4T24; Citi indica compra
![Embraer](https://www.moneytimes.com.br/uploads/2024/10/embraer-1.jpg)
Após um dia brilhando no Ibovespa (IBOV), a Embraer (EMBR3) está na ponta negativa do índice nesta quinta-feira (6). Em um movimento de correção após disparada de 15% na véspera, os papéis da fabricante de aviões caíram 2,82%, a R$ 64,50.
A ação da companhia foi o grande destaque de 2024, com uma disparada anual de 150%. Em 2025, o avanço já supera 10% e os recentes comunicados seguem renovando o otimismo de analistas.
Em comunicado desta quinta, a Embraer divulgou o alcance de um recorde no quarto trimestre de 2024, com uma carteira de pedidos de US$ 26,3 bilhões no período.
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O montante é 40% maior do que o registrado no mesmo período em 2023. Na comparação trimestral, o avanço é de 16% ante o terceiro trimestre de 2024.
Na aviação comercial, a Embraer encerrou o quarto trimestre de 2024 com uma carteira de pedidos de US$ 10,2 bilhões. Já na aviação executiva, houve recorde de US$ 7,4 bilhões na carteira de pedidos.
Já no segmento de “Serviços & Suporte”, a carteira de pedidos alcançou US$ 4,6 bilhões no quarto trimestre de 2024 e “Defesa & Segurança” subiu para US$ 4,2 bilhões, com participação recorde de clientes globais.
Analistas do Citi destacam que a forte expansão da carteira de pedidos da Embraer veio de múltiplos segmentos, com crescimento de dois dígitos ano a ano em todas as divisões.
Na avaliação dos analistas, estes resultados são positivos e criam uma saudável relação de pedidos para faturamento de 1,6 vezes na divisão de jatos comerciais, demonstrando o grande momento da Embraer nos segmentos executivo, de defesa e de serviços.
Neste cenário, o Citi mantém a sua recomendação de compra para ERJ (ADR da Embraer), com preço-alvo de US$ 48,00.
Embraer disparou 15% após acordo com a Flexjet
A disparada de mais de 15% no dia anterior se deu após o anúncio de que sua divisão de jatos executivos, a Embraer Executive Jets, fechou um contrato com a empresa de aviação privada americana Flexjet.
O acordo, avaliado em até US$ 7 bilhões (R$ 40,54 bilhões na cotação atual), representa o maior pedido firme — compra de bens ou serviços, sem possibilidade de cancelamento ou modificação sem penalidades — já realizado por ambas as empresas.
O contrato inclui um pedido firme de 182 aeronaves e 30 opções, abrangendo modelos como o Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além de um pacote de serviços e suporte.
Vale destacar que a Flexjet foi a primeira cliente frotista dos jatos Praetor da Embraer e, agora, adiciona a nova geração do Phenom 300E ao seu crescente portfólio global, conforme comunicado da companhia.