Comprar ou vender?

Embraer (EMBR3) dispara mais de 12% na bolsa após balanço do 4T24; analistas avaliam se é hora de comprar

27 fev 2025, 15:24 - atualizado em 27 fev 2025, 15:24
Por volta das 15h, os papéis disparavam 12,43%, a R$ 69,09.(Imagem: Divulgação/Embraer)

As ações da Embraer (EMBR3) reagiam de forma positiva ao balanço e o guidance de 2025 divulgado pela empresa na manhã desta quinta-feira (27). Por volta das 15h, os papéis disparavam 12,43%, a R$ 69,09.



Embraer (EMBR3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,09 bilhão no quarto trimestre de 2024, ante os R$ 350,6 milhões reportados no mesmo período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 13,7 bilhões, alta de 41,3% ante mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,94 bilhão, um avanço em comparação com o ano anterior, quando foi registrado um Ebitda de R$ 1,24 bilhão.

No período, a Embraer entregou 75 jatos, sendo 44 jatos executivos (22 leves e 22 médios) e 31 jatos comerciais. Ao todo, em 2024, a empresa entregou um total de 206 aeronaves, sendo 73 jatos comerciais (47 E2 e 26 E1), 130 jatos executivos (75 leves e 55 médios) e 3 KC-390 Millennium multimissão em Defesa & Segurança, um volume 14% acima do ano anterior.

Para 2025, a empresa estima entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 aeronaves executivas. Para a receita total, a previsão da empresa é entre US$ 7,0 a US$ 7,5 bilhões, margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou maior para o ano.

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Hora de comprar Embraer?

Para os analistas do JP Morgan, o crescimento de 17% na receita no comparativo anual foi um dos pontos fortes do balanço. Além disso, o banco destaca a margem Ebit da aviação comercial de 8,5%, com o melhor nível desde o segundo trimestre de 2018 e um bom fluxo de caixa livre, com redução de alavancagem.

O Santander por sua vez avaliou que a surpresa ficou por conta principalmente das divisões de aviação comercial e defesa, que registraram margens melhores.

“A área de Defesa & Segurança se destacou com novos pedidos dos modelos C-390 e Super Tucano, enquanto a Aviação Comercial teve uma carteira mais fraca devido à sazonalidade”, explicaram os analistas.

Com relação ao guidance, os analistas do JP Morgan consideram números neutros para a ação. Apesar do crescimento contínuo nas entregas e na receita, ele implica um Ebit ajustado abaixo das estimativas do banco e do consenso. No melhor cenário desenhado por eles, o crescimento do Ebit será de até 12% ano contra ano, e no ponto médio, apenas 3%.

O Itaú BBA também avalia que o guidance foi conservador, especialmente considerando os fortes números do 4T24 e o discurso da administração na teleconferência, que reforçou essa abordagem cautelosa, mencionando que a empresa pretende atingir o limite superior.

Os analistas das três casas tem recomendação de compra para ação. BBA e Santander como “outperform” e JP Morgan com “overweight”, o que, na prática, significa que esperam um desempenho superior ao índice de referência.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.