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Embraer (EMBR3) dispara 9% após encomenda recorde; JP Morgan aponta quatro ganhos da fabricante com acordo

05 fev 2025, 11:28 - atualizado em 05 fev 2025, 11:28
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As ações da Embraer dispararam após anúncio de encomenda recorde (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

As ações da Embraer (EMBR3) abriram o pregão desta quarta-feira (5) em disparada de 9%, após a companhia anunciar que sua divisão de jatos executivos, a Embraer Executive Jets, fechou um contrato de compra com a empresa de aviação privada americana Flexjet.

O acordo, avaliado em até US$ 7 bilhões (R$ 40,54 bilhões na cotação atual), representa o maior pedido firme — compra de bens ou serviços, sem possibilidade de cancelamento ou modificação sem penalidades — já realizado por ambas as empresas.

Às 11h10 (horário de Brasília), EMBR3 saltava 8,56%, a R$ 62,38, no Ibovespa (IBOV). Acompanhe o tempo real.



O JP Morgan vê o acordo como muito positivo para a fabricante brasileira. Para o analista Marcelo Motta e equipe, que assinam o relatório, as ações da Embraer liderando um desempenho superior ao do Ibovespa, apoiado pela expansão da contribuição executiva para os resultados e o crescimento do backlog (número de pedidos confirmados) são pilares importantes para a classificação overweight (equivalente à compra).

Na estimativa dos analistas, o pedido deve ser entregue nos próximos cinco anos, dado que a Flexjets planeja dobrar sua frota neste período, conforme o comunicado enviado ao mercado.

Os analistas recordam ainda a aviação executiva da Embraer também tem cerca de US$ 4,9 bilhões em opções da NetJets anunciadas em 2023 que não estão atualmente incluídas em seu backlog executivo.

Por que a notícia é tão boa para a Embraer?

O JP Morgan aponta quatro razões pelas quais o anúncio desta quarta é tão positivo para a Embraer, que encerrou 2024 como a melhor ação do Ibovespa — o principal da bolsa brasileira — com disparada anual de 150%.

A encomenda proporciona suporte ao segmento de aviação executiva da Embraer, que, depois dos serviços, é o mais rentável, com uma margem Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda) de 14% nos últimos 12 meses.

Há ainda a redução do risco de desaceleração a curto prazo na aviação executiva, sendo esta uma das preocupações dos investidores sobre a empresa. O acordo corrobora ainda com a qualidade das aeronaves executivas da empresa e segmento.

As margens são atrativas, na visão do JP Morgan, tendo em vista que o implica um preço médio de US$ 33 milhões por aeronave ante o pedido da Netjets, que incluía apenas o da Praetor, de cerca de US$ 20 milhões.

Sobre este ponto, parte da diferença deve ser explicada pelo nível de serviços contratados, mas a diferença parece grande demais para ser justificada apenas pelos serviços, dizem os analistas.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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