Embraer (EMBR3): BTG eleva preço-alvo e vê mais espaço para alta das ações; veja potencial

O BTG Pactual elevou o preço-alvo da Embraer (EMBR3) para R$ 94, implicando em um potencial de alta de 25% ante o último preço de fechamento. A recomendação do banco para a fabricante de aeronaves é de compra.
Os analistas incorporaram na avaliação os resultados do quarto trimestre de 2024, as projeções para 2025 e o atual cenário macroeconômico. Combinados, a perspectiva para Embraer é positiva, com destaque para a forte geração de caixa mostrada no último balanço.
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O BTG destaca que a atividade da divisão de aviação comercial também deve continuar forte, uma vez que a oferta na indústria de aviação segue pressionada, levando as montadoras a aumentarem sua participação na cadeia de valor da indústria. Segundo os analistas, o maior backlog (pedidos confirmados) fornece visibilidade de entregas para os próximos anos.
“Embora o primeiro semestre seja tipicamente mais fraco — especialmente após um forte quarto trimestre— mantemos nossa recomendação de compra, suportada por um panorama sólido para o ano”, diz o BTG.
Apesar da alta de 140% da ação nos últimos 12 meses, o banco ainda vê Embraer negociada com um desconto de 25% em relação aos pares globais, o que colocam como uma diferença injustificada, dado o momento historicamente sem precedentes da empresa em todos os segmentos.
O 4T24 da Embraer
A Embraer registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,09 bilhão no quarto trimestre de 2024, ante os R$ 350,6 milhões reportados no mesmo período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 13,7 bilhões, alta de 41,3% ante mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,94 bilhão, um avanço em comparação com o ano anterior, quando foi registrado um Ebitda de R$ 1,24 bilhão.
No período, a Embraer entregou 75 jatos, sendo 44 jatos executivos (22 leves e 22 médios) e 31 jatos comerciais.
Ao todo, em 2024, a empresa entregou um total de 206 aeronaves, sendo 73 jatos comerciais (47 E2 e 26 E1), 130 jatos executivos (75 leves e 55 médios) e 3 KC-390 Millennium multimissão em Defesa & Segurança, um volume 14% acima do ano anterior.
A carteira de pedidos total da empresa alcançou US$ 26,3 bilhões no 4T24 o maior já registrado pela empresa em sua história, mais de 40% de aumento no comparativo anual e 16% maior no trimestre.
Para 2025, a empresa estima entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 aeronaves executivas.
Para a receita total, a previsão da empresa é entre US$ 7,0 a US$ 7,5 bilhões, margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou maior para o ano.
*Com Juliana Caveiro