Embraer

Embraer bate recorde na carteira de pedidos e ações lideram ganhos do Ibovespa com alta de 5%; é hora de comprar EMBR3? 

19 jul 2024, 12:43 - atualizado em 23 jul 2024, 16:14
(Imagem: Divulgação/Embraer)

A Embraer (EMBR3) bateu um novo recorde. A carteira de pedidos da companhia (backlog) subiu 20% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior e atingiu US$ 21,1 bilhões — o valor recorde de sete anos. 

Em reação, as ações da companhia operam entre os maiores ganhos do principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, nesta sexta-feira (19). Na primeira hora do pregão, EMBR3 atingiu máxima de R$ 43,31, alta de 5,51%. 

No ano, os papéis da fabricante de aeronaves figuram como a maior alta do Ibovespa, com avanço acumulado de mais de 90%.



Destaque do 2T24: carteira de pedidos da Embraer

O maior aumento na carteira de pedidos da companhia ocorreu na Aviação Comercial, que alcançou US$ 11,3 bilhões, um crescimento de 40% na comparação anual e 2% em relação ao primeiro trimestre deste ano. 

Para a Embraer, o principal destaque do período foi a ordem de 20 jatos E2 pela Mexicana de Aviación – companhia aérea estatal do México. O pedido inclui 10 jatos E190-E2 e outros10 E195-E2, com entregas iniciais previstas para o segundo trimestre de 2025. 

Já a maior queda na carteira de pedidos aconteceu em Defesa e Segurança, que somou US$ 2,1 bilhões entre abril e junho — uma queda de 5% na base anual. Na comparação com o trimestre anterior, o recuo foi de 10%. 

Segundo a companhia, a entrega do segundo C-390 Millennium à Força Aérea Portuguesa (FAP) foi o destaque do período.

Por sua vez, “a seleção do C-390 por alguns países da Europa ainda não foi incorporada ao backlog, o que representa uma fonte significativa de crescimento potencial para os próximos trimestres”, afirmou a Embraer. 

O backlog das outras duas unidades de negócios — Aviação Executiva e Serviços e Suporte — aumentou marginalmente  em US$ 45 milhões.

Entrega de aeronaves 

A fabricante de aeronaves brasileira também informou a entrega de 47 aeronaves no segundo trimestre de 2024, um aumento de 88% na comparação com o primeiro período deste ano — quando entregou 25 jatos. 

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a companhia registrou um leve recuo de 2%. Entre abril e junho do ano passado, a Embraer entregou 48 aeronaves — uma aeronave a mais do que no mesmo período de 2024. 

A Aviação Comercial foi o destaque do trimestre com 19 entregas, um crescimento de cerca de 170% em relação ao primeiro trimestre deste ano — quando entregou 7 aeronaves. 

Já a Aviação Executiva teve uma performance sólida em 27 jatos entre abril e julho ante 18 no primeiro trimestre e a Defesa entregou uma aeronave multimissão C-390 Millennium no segundo trimestre.

É hora de comprar Embraer (EMBR3)? 

As ações da Embraer (EMBR3) seguem com recomendação de compra. 

Na avaliação do Bradesco BBI, a companhia reportou um sólido número de entregas nas divisões comercial e  executiva, acima das estimativas do banco. 

Segundo o analista Vitor Mizusaki, as entregas representam 22% das estimadas para 2024, “o que está em linha com a média histórica dos últimos cinco anos, confirmando que  a  Embraer  está  no  caminho  para  atingir seu guidance”. 

Já para o Itaú BBA, as entregas do segundo trimestre vieram abaixo do esperado por conta das divisões comercial e executiva. A equipe liderada por Daniel Gasparete avalia que a empresa precisa ter um crescimento de 5% nas entregas comerciais e de 15% executivas, na base anual, no segundo semestre para cumprir o guidance.  

Vale lembrar que a Embraer projeta a entrega entre 72 e 80 aeronaves comerciais e de 125 a 135 jatos comerciais até o fim do ano. 

O BTG Pactual espera que as entregas melhorem gradativamente ap longo do ano, “refletindo melhor sazonalidade”. Isso porque, na visão do banco, o primeiro semestre geralmente é mais fraco.

Banco Recomendação Preço-alvo 
Bradesco BBI  Compra R$ 52,00 
Itaú BBA  Outperform (compra) US$ 36,00 (ADR)
BTG Pactual  Compra US$ 32,00 (ADR)

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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