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Em um ano, Oi será irreconhecível. Veja detalhes do plano que inclui oferta de R$ 11,5 bilhões em ações

16 jun 2020, 10:14 - atualizado em 16 jun 2020, 10:14
Oi participa da CCXP 2019
Demolidor: novo plano da Oi não deixará nenhuma área intocada (Imagem: Divulgação/Oi/Facebook)

A Oi (OIBR3) divulgou, nesta terça-feira (16), mais detalhes do ambicioso plano de reestruturação anunciado ontem, e que envolve a segregação das operações da companhia em quatro áreas – das quais, três serão vendidas. Veja, a seguir, mais detalhes da estratégia para a empresa superar, de vez, a recuperação judicial e voltar a crescer.

Oi, mas pode chamar de Infra Co.

A Oi será separada em quatro unidades: Torres, responsável por 657 antenas de telefonia móvel; Data Center; Telefonia Móvel; e Infra. O plano apresentado ontem prevê a venda das três primeiras, o que renderia mais de R$ 16 bilhões à empresa. A Oi seria reduzida, portanto, aos serviços de infraestrutura de redes e telecomunicações.

Oferta de R$ 11,5 bilhões em ações

Além do dinheiro obtido pela venda das outras áreas, a Nova Oi, focada em infraestrutura, realizaria uma grande venda de ações, envolvendo entre 25% e 51% do capital econômico (e 51% do capital votante).

Na oferta primária de ações – aquela que, efetivamente, injeta dinheiro no caixa da companhia -, seriam levantados até R$ 5 bilhões. Na oferta secundária, o mínimo planejado é de R$ 6,5 bilhões.

Aceleração das operações

Menor e com mais dinheiro, a Nova Oi acredita que pode chegar a 2025 com redes passadas por mais de 30 milhões de domicílios, dos quais, mais de 10 milhões efetivamente conectados.

Mais rentável

A empresa estima que, em 2025, consiga entregar uma margem de ebitda superior a 60%. A geração de caixa operacional, em cinco anos, ficaria acima de R$ 3 bilhões.

Cronograma

A Oi tem pressa. Em agosto, pretende aprovar a reestruturação numa assembleia de credores. Em outubro, deseja realizar os leilões de venda das unidades de Torres e Data Center, o que lhe renderia, pelo menos, R$ 1,3 bilhão.

No quarto trimestre, sairia o leilão da unidade de Telefonia Móvel, pela qual pedirá R$ 15 bilhões. No primeiro trimestre de 2021, viria o leilão da própria unidade de infraestrutura. A conclusão dos negócios está programada para o último trimestre do ano que vem.

Veja o powerpoint de apresentação do plano da Oi, divulgado aos investidores.