Em trimestre de abre e fecha, JHSF deve roubar a cena
O segundo trimestre foi marcado pelo finalzinho da segunda onda da Covid-19, quando os índices de mortes e casos bateram recorde aqui no Brasil. Por isso, espere resultados ainda fracos no segmento de shoppings e escritórios, aponta o BTG em relatório obtido pelo Money Times.
Segundo o banco, no caso dos escritórios a vacância ainda não caiu, mas os aluguéis estão crescendo por conta da alta da inflação. Cenário diferente para a logística segmentada, onde a demanda continua forte, aponta o BTG.
Para os shoppings, os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, que assinam o relatório, lembram que em abril houve o fechamento das operações. Porém, em maio e junho, com a capacidade voltando para a casa dos 85% a 90% as vendas se recuperaram. Eles preveem alta de 21% nas receitas do setor.
“Esperamos um trimestre ainda fraco para a maioria das empresas, com a Covid-19 impactando os resultados (fechamento de shoppings em abril mais locação fraca de escritórios), mas crescendo no ano a ano com bases mais tranquilas”, dizem.
Apesar disso, a JHSF (JHSF3) deverá remar contra a maré e se destacar, com uma alta de 68% no fundos de operações por ação (FFOPS, na sigla em inglês), impulsionado por uma recuperação vibrante do setor de imóveis e shoppings, auxiliada por produtos de luxo.
Eles calculam um lucro de R$ 264 milhões, e uma receita líquida de R$ 551 milhões, alta 118% para a incorporadora. A empresa já deu mostras de sua força: a receita de incorporação subiu 63,9%.
No segundo semestre, o BTG prevê recuperação mais forte em meio a um ritmo de vacinação bom.