Em safra de venda direta de etanol, Coaf abre moagem em PE sob revisão positiva de produção e qualidade
A Usina Coaf praticamente abrirá a nova temporada da sucroenergia pernambucana e começará a moer dia 30 (segunda) com notícias melhores para os interesses de sua comunidade: a expectativa de volume a ser processado aumentou em 100 mil toneladas de cana, quase 5 mil frentes de trabalho serão abertas e deverá vender etanol direto para os postos.
Mas o cenário pode melhorar ainda mais para os 450 produtores cooperados, que já recebem um adicional a mais pelo ATR (total de açúcares recuperáveis), a medida de qualidade da cana.
A unidade, antiga massa falida da Cruangi e encampada pela Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana-de-açúcar, deu largada ao programa que visa o recebimento de uma cana mais limpa de impurezas vegetais e minerais. A sujeira impacta na qualidade e preços, além de elevar custos de manutenção dos equipamentos da usina.
Desse modo, a Coaf, que também é ligada à Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), ambas presididas por Alexandre Lima, espera mais receita com as 700 mil/t da safra 21/22.
Antes das chuvas de julho e agosto, a projeção era de uma quebra para 600 mil/t, pela seca que atingiu a Zona da Mata Norte do estado. A recuperação dos canaviais, com o retorno da umidade, também teve apoio dos programas já adotados de melhoria da produtividade, o que deixa otimista Alexandre Lima quanto a novos ganhos nesta temporada.
Na safra anterior, a produção alcançou 750 mil/t de matéria-prima.
O mix previsto parte de 37,2 milhões de litros de etanol, contra pouco mais de 39 milhões da anterior.
Descontando o anidro misturado à gasolina, boa parte do hidratado será oferecido diretamente aos postos, sem passar pelas distribuidoras, agora sob mandado de Medida Provisória, e que sempre esteve na ordem do dia da AFCP e da Feplana nos debates nacionais sobre o tema.
Na sétima safra da usina sob gestão cooperativada, a meta é de 291 mil sacos de açúcar de 50 kg, em torno de 14,5 mil/t, depois de 461 mil/sc do ciclo anterior, que foi o primeiro a priorizar mais o adoçante diante da crise dos combustíveis que surgiu com a pandemia.
A cachaça é outro derivado que sairá dos alambiques da Coaf: 20 milhões de litros.