Em reunião com Banco Mundial, Haddad diz que espera ampliação de PPPs e investimentos no Brasil
Provável ministro da Fazenda do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad teve uma reunião nesta quarta-feira com representantes do Banco Mundial para discutir os investimentos da organização no Brasil, que hoje chegam a uma carteira de 5 bilhões de dólares.
“Eles estão com uma carteira de projetos no Brasil que somam coisa de 5 bilhões de dólares, uma coisa grande, em geral na área de PPPs e concessões, uma parte também no setor privado. Então a gente ficou bem impressionado, porque PPP é uma coisa que vai acontecer muito no próximo governo”, disse Haddad, revelando que o próximo governo tem interesse em aumentar esses investimentos.
“A gente pretende deslanchar uma política de parcerias publico privadas, sobretudo na área de infraestrutura. E o Banco Mundial se colocou a disposição para continuar investindo”, afirmou.
O encontro com o vice-presidente para América Latina, Carlos Felipe Jaramillo, e o diretor para o Brasil, Johannes Zutt, aconteceu a pedido de Lula, que encarregou Haddad de conversar com os representantes do Banco Mudial.
Depois da conversa, Jaramillo disse aos jornalistas que a intenção foi apresentar ao novo governo a carteira do Banco Mundial no Brasil e oferecer apoio, especialmente em quatro áreas: pobreza e fome, preservação da Amazônia e meio ambiente, crescimento e política fiscal.
Segundo Haddad, o novo governo pretende aumentar ainda mais os projetos financiados pelo banco no país, lembrando que nos dois primeiros mandatos os investimentos seriam de quase três vezes o valor atual.
“A área de infraestrutura que vai definir prioridades, mas como conceito é importante a gente retomar, inclusive mudando alguns detalhes da legislação que hoje são obstáculos que têm refreado a contratação de parcerias, dificultando aval do Tesouro federal, às vezes dificultando a participação da União em projetos de Estados e municípios, sobretudo Estados”, defendeu Haddad. “Então acho que tem um campo para a gente restabelecer um patamar de 10 anos atrás.”