Em ano recorde de importações, soja ficou cara, mas indústrias estão abastecidas
As 14 mil toneladas importadas de soja na primeira semana de dezembro podem ser o restinho que as indústrias brasileiras demandaram.
No ano recorde de compras externas pelo maior exportador global, que acumulam 657 mil/t (desde abril) vindas dos países do Mercosul e, nas últimas semanas, dos Estados Unidos, a oleaginosa de fora perdeu atrativo.
Ficou cara, já que agora a disponível é só a dos Estados Unidos.
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, vê a commodity chegando em no mínimo R$ 155 no Porto de Paranaguá, enquanto o mercado brasileiro está trabalhando em R$ 145.
Mas como as importações extrapolaram as mais otimistas das previsões – mais ainda se a base de comparação for as apenas pouco acima de 76 mil/t de 2019 -, as fábricas de rações, especialmente, ficaram bem abastecidas até que a oferta da soja nova nacional entre no mercado.
E escaparam dos preços altos que a forte demanda da China irradiou ao grão brasileiro antes que o produto dos Estados Unidos começasse a sair das lavouras.