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Em queda, Nubank (NU) pode voltar a disparar, vê Goldman; veja potencial

11 mar 2025, 18:34 - atualizado em 11 mar 2025, 18:36
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Segundo os analistas, o crescimento da fintech pode desacelerar se não conseguir ganhar força com clientes de renda média e alta (Imagem: Divulgação/Nubank)

O Nubank (NU) devolveu todo o ganho do ano em apenas um dia após a divulgação de resultados mais fracos. A ação, que chegou a subir 30% no ano, precificava um crescimento maior do roxinho, o que não aconteceu.

Apesar disso, a fintech continua com um desempenho invejável se compararmos com a mínima em 2022. De lá para cá, o papel dobrou de preço, com alta superior de 200%.

Embora essa façanha seja difícil de repetir agora, o Goldman Sachs projeta retorno de 57% para os papéis do banco até o final do ano.

De acordo com os analistas, a margem líquida de juros, um dos vilões do último trimestre, pode permanecer relativamente estável, enquanto um custo de risco menor e alavancagem operacional sólida impulsionarão o lucro.

Nos cálculos do Goldman, o roxinho lucrará 37% e 54% mais em 2025 e 2026, respectivamente, com o ROE, retorno sobre o patrimônio, escalando de 29% para 35%.

“As tendências de qualidade de ativos saudáveis e uma mudança para menor risco de clientes e empréstimos garantidos podem ser positivos para o custo do risco”.

Uma eventual retomada do financiamento PIX em segmentos de maior risco também poderia ser positiva para o papel.

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Mercado exagerou com o Nubank?

De acordo com o JPMorgan, houve uma correção exagerada considerando apenas a revisão do EPS (lucro por ação, em português).

Porém, mesmo que o banco acredite que o mercado bateu demais na ação, o que poderia indicar potencial de alta, a casa continua com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 14.

Segundo os analistas, o crescimento da fintech pode desacelerar se não conseguir ganhar força com clientes de renda média e alta.

“Mais recentemente, também notamos alguma pressão na margem com cliente, pois a empresa está se concentrando em clientes mais seguros, enquanto reduz a originação para produtos e coortes selecionados (ou seja, financiamento PIX)”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.