Em pregão volátil, Ibovespa fecha em alta rumo aos 90 mil pontos

O Ibovespa renovou o recorde nominal nesta quarta-feira (21). Depois de superar a marca dos 87 mil pontos pela primeira vez na história, o principal índice da B3 perdeu o ímpeto na reta final dos negócios em sintonia com as bolsas americanas, mas fechou em inéditos 86.051 pontos, com valorização de 0,29%.

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Mais uma vez a volatilidade falou mais alto em Wall Street. O ânimo visto depois da divulgação da ata do Federal Reserve deu lugar à incerteza com analistas sugerindo uma leitura de mais aumentos na taxa básica de juro dos EUA. Esse argumento ganhou força com a subida do juro do título de 10 anos do Tesouro americano para 2,95%, o nível mais alto em quatro anos.

Com isso, os índices Dow Jones e S&P 500 mudaram de direção e exibiam perdas de 0,67% e 0,55%, respectivamente. Por aqui, a quedas das ações de Petrobras (PETR4, -0,93%) e Vale (VALE3, -1,56%) jogou contra a tendência positiva do Ibovespa. No câmbio, o dólar avançou 0,19% frente ao real, vendido a R$ 3,2618.

Além do documento o BC dos EUA, houve ruído em notícias sobre uma possível dificuldade de aprovar a privatização da Eletrobras. Os papéis preferenciais classe B da estatal elétrica (ELET6), que chegaram a subir mais de 8% na sessão, encerraram com ganho de 1,30% a R$ 27,35.

O relator da comissão especial que vai analisar a regulamentação da privatização da Eletrobras, deputado José Carlos Aleluia (DEM), quer votar a proposta no colegiado na primeira quinzena de abril. Segundo ele, o projeto tem como objetivo reestruturar a empresa e a transformar em uma grande corporação, de forma a melhorar sua gestão. O governo prevê arrecadar cerca de R$ 12 bilhões com a venda da Eletrobras.

Já as ações do setor financeiro conseguiram sustentar altas mesmo com a volatilidade. As ações de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), B3 (BVMF3) e Banco do Brasil (BBAS3) subiram 1,32%, 0,53%, 3,13% e 0,78%, respectivamente.