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Em bom momento na bolsa, Embraer (EMBR3) projeta entregar US$ 640 bi em jatos até 2040

23 jul 2024, 17:52 - atualizado em 23 jul 2024, 18:35
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Segundo a empresa, a importância da categoria de aviões de médio porte, os chamados small narrowbody, está crescendo (Imagem: Divulgação/Embraer)

A Embraer (EMBR3), que vive bom momento no mercado, com a ação próxima de máximas históricas, projeta entregar até 10,5 mil jatos e turboélices até 2043, com valor de mercado total de US$ 640 bilhões, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta (23).

Para se ter uma noção do valor, hoje a companhia vale R$ 30 bilhões na bolsa. Os maiores mercados deverão ser China e Ásia e a América do Norte, estima a fabricante.

Apesar disso, a cifra representa uma queda em relação às projeções do ano passado, quando a empresa esperava entregar 11 mil aeronaves até 2040.

O documento já havia sido divulgado durante a Conferência de Imprensa da Embraer no Farnborough Airshow, feira que ocorre na Inglaterra e é uma das principais do setor.

Segundo a empresa, a importância da categoria de aviões de médio porte, os chamados small narrowbody, está crescendo.

“Aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade, especialmente quando frequências diárias múltiplas são essenciais para que cidades de menor porte permaneçam bem conectadas”, explica a companhia.

Ainda de acordo com a Embraer, frotas com aeronaves maiores são beneficiadas quando complementadas por small
narrowbodies no segmento abaixo de 150 assentos.

“Uma estratégia de frota bem-sucedida para os próximos 20 anos será uma combinação de jatos com menos de 150 assentos e de narrowbodies maiores. O ambiente pós-pandemia é diferente em muitos aspectos. O mercado voltado para passageiros de negócios e de lazer mudou e os padrões de demanda são diferentes”, destaca Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial.

Para o executivo, o ambiente corporativo de trabalho é diferente e o comércio eletrônico está crescendo. As companhias aéreas estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas as cidades menores ainda precisam permanecer bem conectadas às malhas aéreas com voos frequentes.

“Acreditamos que aeronaves no segmento abaixo de 150 assentos sejam as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade”, diz Meijer.

Embraer em voo de cruzeiro

Depois de um tombo de 7% na véspera, os papéis da fabricante de aeronaves lideram os ganhos do Ibovespa e zeraram as perdas do dia anterior. Durante o pregão, EMBR3 atingiu máxima com alta de 7,72%, a R$ 41,58 — próximo do maior nível intradia na história.

A recuperação é, em parte, por novidades na companhia. A Embraer confirmou a venda de seis aeronaves modelo A-29 Super Tucano para a Força Aérea do Paraguai.

A novidade, na avaliação do Citi, é positiva. “Embora o avião de transporte Millennium C-390 da empresa tenha capturado mais atenção do segmento de defesa, o pedido de hoje do A-29 parece refletir a forte profundidade e amplitude da base de produtos da Embraer”, afirmam os analistas do banco.

Os valores não foram divulgados. As entregas, de acordo com a empresa, estão previstas para a partir de 2025.

Mais cedo, a companhia também reiterou que tem potencial para alcançar US$ 10 bilhões em receita até 2030 com o portfólio atual.

É hora de comprar Embraer? 

Para o BTG, as ações da Embraer estão sendo negociadas a um múltiplo de 7,5x valor de mercado/Ebitda para 2025 (EV/Ebitda), o que é abaixo dos seus principais pares na indústria — e “injustificável”, na visão dos analistas.

O preço-alvo para os recibos de ações (American Depositary Receipts; ADR) da Embraer é de US$ 32 — o que representa um potencial de valorização de 15,4% em relação ao preço de fechamento de ontem (22).

Com Liliane de Lima

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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