Em NY, Bradesco (BBD) derrete com deterioração da qualidade dos ativos
As ADRs do Bradesco (BBD) derretiam 7,48% no pré-mercado de Nova York nesta quarta-feira (9), em reação ao balanço do terceiro trimestre divulgado na véspera. Na after-market, os recibos das ações já haviam caído 6%.
O banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 5,2 bilhões, uma queda de 22,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Mas, segundo o BTG Pactual, a principal fonte de más notícias foi a qualidade dos ativos.
“O Bradesco está mais exposto do que seus pares a empresas muito pequenas e pessoas físicas de baixa renda, e a deterioração mais forte do que o esperado nessas carteiras levou a uma piora da inadimplência”, disse em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe.
Analistas destacam que o NPL (empréstimo inadimplente) de 90 dias subiu 40bps na base trimestral após alta de 30bps no segundo trimestre. Os NPLs subiram principalmente nos segmentos individual (+30bps q/q) e MPME (+60bpsq/q).
A piora na qualidade dos ativos fez com que as provisões para perdas com empréstimos disparassem 116% na base anual.
O Bradesco também aumentou sua orientação para provisões para perdas com empréstimos em 2022. Agora, espera R$ 25,5-27,5 bilhões (aumento de 39% ante o guidance anterior).
“Assumindo o ponto médio da nova faixa de guidance e provisões de R$ 17,4 bilhões nos 9M22, estamos falando de custos de crédito de R$ 9,1 bilhões no 4T (+25% t/t)”, afirmou o BTG.
O banco cortou a recomendação sobre as ações para “neutro” e reduziu o preço-alvo de R$ 25 para R$ 21 – o que implica um potencial de alta de 13% em 12 meses sobre o preço de ontem.
Veja o documento divulgado pelo Bradesco ontem:
Veja o documento:
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