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Gestora de ex-JP Morgan fecha as portas e cita ‘condições de mercado’; veja detalhes

10 dez 2024, 16:03 - atualizado em 10 dez 2024, 16:23
Queda
(Imagem: iStock/coffeekai)

A BlueLine Asset Management, fundada por ex-sócios do JP Morgan, informou que encerrará suas atividades após 5 anos. Segundo a gestora, a decisão foi tomada com base no “cenário econômico e das condições de mercado”.

As gestoras sofrem resgates nos últimos anos em meio à crise da indústria de fundos e da dificuldade em entregar retornos positivos. De acordo com dados da Anbima, em 2023 houve resgates de R$ 127,9 bilhões, segundo ano consecutivo de perdas.

Em novembro de 2024, foram mais R$ 26,6 bilhões. Apesar disso, no acumulado do ano ainda há saldo líquido positivo de R$ 186,2 bilhões.

“Durante o período de sua existência, a BlueLine Asset Management manteve um compromisso inabalável com a excelência na gestão de ativos, transparência com seus investidores e rigor técnico em todas as suas operações”, informou.

No comunicado, a gestora diz que obteve retorno de 66,5% desde seu lançamento, em junho de 2019, até novembro de 2024, “o que representa uma rentabilidade acumulada de 120% (cento e vinte por cento) do CDI, comprovando o nosso compromisso com a excelência na gestão de investimentos”.

Entre os executivos que integravam a gestora, estavam Giovani Silva, que atuou durante 17 anos no JP Morgan como head de traders, e Fábio Akira, que foi durante muitos anos o economista-chefe para Brasil no JP Morgan, sendo responsável pelo suporte à tesouraria.

Em 2021, o Rising Stars, o fundo de R$ 770 milhões do Itaú, investiu R$ 200 milhões na gestora.

Ao Brazil Journal à época, Carlos Augusto Salamonde disse que a Blueline unia o talento de Giovani – “um ganhador de dinheiro em diversas situações de mercado” – com a habilidade comercial e visão macro de Akira.

Como fica para o cotista?

A partir de agora, haverá convocação de assembleia de cotistas pelos administradores fiduciários dos fundos sob gestão para que promovam as suas liquidações e respectivos resgates das cotas dos investidores que não o façam voluntariamente, garantindo o cumprimento integral de todas as obrigações legais e regulatórias.

“A partir da data deste comunicado, iniciaremos o processo de encerramento gradual das atividades, garantindo a manutenção de uma estrutura operacional, de sistemas e de pessoas que viabilize o adequado encerramento dos fundos sob gestão, com a previsão de conclusão total de tal procedimento no início do próximo ano de 2025”, disse.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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