Em meio à polêmica da taxação, Shein abre primeiro escritório no Brasil; entenda
A Shein anunciou a inauguração de seu primeiro escritório no Brasil, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Segundo comunicado da companhia, o objetivo é consolidar a operação local e reforçar a atuação no mercado brasileiro.
O anúncio ocorre em paralelo com a polêmica acerca da regra que isenta de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250), que pode impactar a varejista estrangeira.
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“Ter um endereço para chamar de nosso é algo muito simbólico para uma marca global que vem trabalhando ativamente para consolidar sua operação localmente. Estabelecer um escritório que possa abrigar nosso time é mais um passo dentro da nossa estratégia que busca fortalecer e cada vez mais ampliar nossa atuação no país”, explica Felipe Feistler, General Manager da Shein no Brasil.
Shein no Brasil
Antes de se consolidar com um escritório no Brasil, a Shein já havia promovido projetos de lojas físicas em forma de pop-up. Localizada no Shopping Vila Olímpia, a loja foi é temporária entre os dias 12 e 16 de novembro de 2022.
A abertura foi tão aguardada pelos clientes, que gerou confusão e tumulto. Vídeos e relatos compartilhados nas redes sociais mostram as pessoas brigando na fila. Programada para abrir às 10h, já havia clientes esperando na fila desde às 6h.
Taxação das varejistas estrangeiras
O governo anunciou a medida provisória que visa acabar com a regra que isenta de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250).
A proposta foi revelada pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, ao portal UOL. Segundo a publicação, o objetivo da medida é fortalecer o combate à sonegação de impostos do comércio eletrônico. Além disso, o governo estima arrecadar cerca de R$ 8 bilhões por ano com o fim do benefício fiscal.
A medida deve ter impacto no preço dos produtos comercializados em sites estrangeiros, como Shein, Shopee, AliExpress e outros. Nas últimas semanas, o ministro Fernando Haddad já vinha criticando empresas que aproveitam essa regra de envio de uma pessoa física para outra para sonegar impostos no comércio eletrônico.