Economia

Em meio à pandemia, Brasil manteve logística de abastecimento

02 jul 2020, 13:24 - atualizado em 02 jul 2020, 13:24
Tarcísio Freitas Ministério da Infraestrutura
Segundo o ministro, a manutenção do abastecimento foi conseguida por meio de parcerias que possibilitaram a continuidade do trabalho de caminhoneiros (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou hoje (2) que a manutenção da logística de abastecimento no país foi a grande vitória da pasta, no primeiro semestre, em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

De acordo com o ministro, que classificou a crise sanitária como “sem precedentes”, o país está atravessando a pandemia sem o desabastecimento de supermercados, falta de combustível ou de insumos hospitalares.

“Estamos atravessando a pandemia sem nenhum problema de abastecimento, com prateleiras cheias nos supermercados.

Não faltou combustível, gás de cozinha ou o insumo médico e isso foi uma vitória silenciosa. Acredito que essa foi a maior vitória nesse primeiro semestre, garantir o abastecimento em uma situação de pandemia”, disse o ministro durante videoconferência para apresentar o balanço das atividades da pasta nos primeiros seis meses deste ano.

Segundo o ministro, a manutenção do abastecimento foi conseguida por meio de parcerias que possibilitaram a continuidade do trabalho de caminhoneiros, em condições sanitárias favoráveis, e a utilização de outros modais, como o ferroviário e o portuário, utilizados para escoar a safra de grãos.

“Montou-se uma grande estrutura de apoio aos caminhoneiros, com triagem médica, kits de alimentação e de higiene”, disse o ministro.

“Também conseguimos dar vazão a uma safra de 252 milhões de toneladas e também garantimos o funcionamento do setor mineral. O resultado pode ser visto no crescimento do movimento ferroviário e portuário”, acrescentou.

Tarcísio disse que, mesmo com a pandemia, a pasta conseguiu manter o planejamento para o período estabelecido no final do ano passado, com a conclusão de obras e entregas parciais nos primeiros seis meses deste ano.

O ministro disse que foram 36 inaugurações entre janeiro e junho, sendo 23 entre março e junho, período mais afetado pela crise sanitária.

“Montou-se uma grande estrutura de apoio aos caminhoneiros, com triagem médica, kits de alimentação e de higiene”, disse o ministro (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

De acordo com o ministério, no primeiro semestre de 2020, R$ 3,5 bilhões foram investidos em obras. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu 129 quilômetros (km) de rodovias duplicadas, pavimentou 88,5 km e fez novas restaurações em 110,6 km.

O ministério destacou ainda a entrega da nova sala de embarque do Aeroporto de Navegantes (SC); a reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (PR) e reformas nos portos de pequeno porte em Parintins (AM), Coari (AM) e Turiaçu (MA).

Durante a videoconferência, o ministro citou ainda a assinatura de renovação do contrato de concessão ferroviária da Malha Paulista.

O contrato original, que venceria em 2028, foi renovado por mais 30 anos. A previsão é de que sejam realizados investimentos de R$ 6 bilhões na ampliação da capacidade de transporte.

De acordo com o ministro, a expectativa é de manter boa parte do cronograma até o final do ano, especialmente no que diz respeito às concessões de aeroportos, portos, ferrovias e rodovias.

Tarcísio citou o envio ao Tribunal de Contas da União (TCU) do edital de leilão e a minuta de contrato da 6ª rodada de concessões de aeroportos. Fazem parte da rodada de concessões 22 aeroportos das regiões Sul, Norte e Centro-Oeste, divididos em três blocos.

“Até o final de julho e meados de agosto, a gente deve encaminhar para o TCU também os editais da BR-381 e BR-262 em Minas e no Espírito Santo; a Nova Dutra [BR-116] que estamos agregando à [rodovia] Rio-Santos [BR-101] e a [ferrovia] Ferrogrão.

Então teremos 42 projetos em análise o que é muito perto da meta que tínhamos estabelecidos de leilão para esse ano, com R$ 75 bi de investimentos para serem contratados”, disse.