Petróleo

Em meio à nova onda, China desmente fim de ‘tolerância zero’ contra covid-19 e petróleo cai 2%

08 nov 2022, 16:37 - atualizado em 08 nov 2022, 16:44
China nega que relaxará restrições sanitárias
(Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

Os mercados de petróleo encaminharam perdas nesta terça-feira (8), após a China reafirmar o seu compromisso com a política de ‘tolerância zero’ no combate à covid-19.

Temores de que uma desaceleração econômica mundial, provocada por ciclos de aperto monetário nas economias desenvolvidas do Ocidente, afete drasticamente a demanda também contribuíram para o pregão negativo.

Por volta das 16h, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operam em queda de, respectivamente, 2,77% e 2,20%

Com a queda do dia, o Brent se afastou do curso dos US$100/barril, considerada a nova marca a ser rompida pelo mercado.

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China reforça controle da covid-19

Testemunhando uma nova onda de casos da doença, com focos em megacidades como Pequim, Guangzhou, Zhengzhou e Chongqiing, autoridades públicas da China descartam o fim da política de tolerância zero contra a covid-19.

A preocupação dos oficiais é de que, sem que haja uma ampliação da base vacinal em idosos e a formação de um amplo estoque de medicamentos contra a doença, o país poderá sofrer um colapso sanitário, com repercussões à estabilidade política.

Ontem, o país registrou 2.337 casos, uma média considerada baixa se comparada a outros países.

O rumo pairava sobre os mercados internacionais desde a semana passada, arejando as bolsas de Hong Kong e Xangai e trazendo uma valorização de 6% para os contratos futuros do Brent.

A fala das autoridades jogou um balde de água fria nos ânimos dos fornecedores de petróleo, que creditam à ‘grande reabertura’ da economia chinesa uma aguardada recuperação da demanda pelo combustível em 2023.

Petrolíferas internacionais majoritariamente negativas

Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) perdeu 2,52%.

Em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdem, respectivamente, 0,25% e 0,79%.

Às 16h40, a Petrobras (PETR4) operava muito próximo da linha d’água.

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