Em meio à fritura do mercado, Haddad tem reunião com banqueiros; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
A sexta-feira (14) está em clima de déjà vu: oministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma nova reunião fechada com banqueiros, marcada para agora de manhã.
Segundo a agenda, estarão presentes Isac Sidney presidente da Febraban; Luiz Trabuco, presidente do conselho do Bradesco e presidente do conselho diretor da Febraban; André Esteves, fundador do BTG Pactual; Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha, CEO do Bradesco; e Mário Leão, presidente do Santander.
Na sexta-feira passada, Haddad já tinha se reunido com executivos do Santander e gestores de investimento parceiros do banco. Na ocasião, teria sido discutida uma proposta de mudança no arcabouço fiscal, uma vez que a equipe econômica precisa lidar com um contingenciamento de R$ 30 bilhões.
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O problema é que essa informação vazou para o mercado, levando a bolsa cair mais de 1,73% e perder os 122 mil pontos.
Haddad reclamou desse vazamento e disse que as suas declarações foram mal interpretadas e replicadas de forma irresponsável. Segundo ele, o que aconteceu é que, ao ser questionado sobre o assunto, ele respondeu que haveria a possibilidade do contingenciamento graças à própria dinâmica do arcabouço.
Vale lembrar que o ministro não está em seus melhores dias em relação ao mercado. No início da semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou decisão de devolver ao presidente a Medida Provisória que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins,
Acontece que a MP foi editada pelo Ministério da Fazenda para cobrir o rombo gerado pela desoneração da folha salarial, que irá gerar uma perda de arrecadação de R$ 29 bilhões.
Além de Haddad, a semana termina com a agenda ligeiramente esvaziada. Por aqui, o destaque é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
No último pregão, Ibovespa (IBOV) operou entre altas e baixas, em uma tentativa de segurar os 120 mil pontos frente a um cenário de ruído fiscal elevado.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,31%, a 119.567,53 pontos.
O EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociado no mercado americano, segue desatualizado, com os dados do after market de ontem.
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, o mercado repercute a decisão do Banco Central do Japão (BOJ) de manter a taxa de depósitos na faixa de 0% a 0,1%. Também não foi alterado o ritmo de compras mensais de títulos do governo, mas a autoridade monetária informou que decidirá sobre um plano detalhado para compras de títulos na reunião — o que indica que haverá uma redução.
Além disso, nos Estados Unidos, saem os dados de expectativa de inflação em 1 e 5 anos, medida pela Universidade do Michigan.
As bolsas asiáticas fecharam em alta, enquanto os mercados europeus e os futuros de Wall Street estão no negativo.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (14)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,24%
- Hong Kong/Hang Seng: -0,94%
- China/Xangai: +0,12%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,49%
- Frankfurt/DAX: -1,27%
- Paris/CAC 40: -2,35%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -0,19%
- S&P 500: -0,41%
- Dow Jones: -0,69%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,04%, a US$ 82,78 o barril
- Petróleo/WTI: -0,11%, a US$ 78,53 o barril
- Minério de ferro (Dalian): +1,97%, a US$ 114,04 por tonelada
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -1,45%%, a US$ 66.851
- Ethereum (ETH): +0,28%, a US$ 3.514
Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!