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Em início de cobertura, Inter Research destaca liderança da Suzano e flexibilidade de produção da Klabin

24 nov 2020, 12:17 - atualizado em 24 nov 2020, 12:17
Klabin KLBN11 papel celulose madeira
Sobre a Klabin, os analistas destacaram como ponto positivo a capacidade da companhia de se adaptar rapidamente às condições de mercado (Imagem: LinkedIn/Klabin)

O Inter Research iniciou a cobertura das empresas do setor de papel e celulose com recomendação de compra para a Klabin (KLBN11) e neutra para a Suzano (SUZB3). Os preços-alvos indicados para os papéis são de, respectivamente, R$ 35 e R$ 56.

Sobre a Klabin, os analistas destacaram como ponto positivo a capacidade da companhia de se adaptar rapidamente às condições de mercado. Sua produção de papéis kraftliner e cartão, caixas de papelão e sacos mostra que a flexibilidade do seu modelo de negócio, que consegue acompanhar as mudanças do cenário de demanda e preços.

“Acreditamos que a flexibilidade da empresa em direcionar sua produção para mercados mais rentáveis a depender do cenário continuará como diferencial, permitindo à companhia ganhos de margens”, disse Gabriela Joubert, que assina o relatório divulgado ontem pelo Inter Research.

Para os analistas, a Klabin deve registrar avanço em mais frentes. Além das margens, o Inter Research projeta um avanço da receita e um aumento da eficiência. A visão otimista sobre o desempenho da empresa é pautada nos investimentos que ela vem realizando em novos produtos e tecnologias, bem como na sua atuação em diferentes mercados.

Outro fator positivo sobre a tese de investimento é a possibilidade da companhia não precisar mais pagar royalties à Sogemar pelo uso da marca Klabin. A empresa está em discussão com Sogemar e BNDESPar sobre um possível acordo quanto ao fim do pagamento de royalties.

Na avaliação dos analistas, a criação de novos projetos e a atuação em novas frentes deve manter a Suzano na liderança em seu segmento (Imagem: REUTERS/Stringer)

Liderança

Apesar da recomendação neutra para o papel, o Inter Research continua vendo bons fundamentos na Suzano, que tem buscado otimizar as margens por meio da redução de custos de produção de celulose.

“No caso da Suzano, temos visto uma forte pressão advinda dos custos de madeira, devido à maior representatividade de madeira de terceiros. Contudo, vale ressaltar que, como outras produtoras brasileiras de celulose, a Suzano conta com um dos menores custo de produção (custo-caixa) do mundo, em torno de R$ 600/tonelada (US$ 150/tonelada)”, destacou Joubert.

Na avaliação dos analistas, a criação de novos projetos e a atuação em novas frentes deve manter a Suzano na liderança em seu segmento. No entanto, o endividamento e as pressões dos clientes continuarão impactando os resultados no curto prazo, o que explica a visão cautelosa adotada pelo Inter Research.