Em Hong Kong, Xi diz que “um país, dois sistemas” veio para ficar
Não há razão para mudar a fórmula de governança de “um país, dois sistemas” de Hong Kong, disse o presidente chinês, Xi Jinping, em uma rara visita ao centro financeiro global depois de empossar o novo líder da cidade, John Lee, na sexta-feira.
O Reino Unido devolveu Hong Kong ao domínio chinês em 1º de julho de 1997, com Pequim prometendo ampla autonomia, direitos individuais irrestritos e independência judicial pelo menos até 2047.
Os críticos da China acusam as autoridades de atropelar essas liberdades, indisponíveis na China continental, com uma ampla lei de segurança nacional imposta por Pequim à cidade em 2020, após protestos em massa pró-democracia no ano anterior.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disseram na quinta-feira que a China não cumpriu seus compromissos.
China e Hong Kong rejeitam as acusações, dizendo que a lei “restaurou a ordem” para que a cidade pudesse prosperar.
Xi disse que a fórmula “um país, dois sistemas” foi bem-sucedida sob a “jurisdição abrangente” da China.
“Para este tipo de bom sistema, não há razão alguma para mudar. Ele deve ser mantido a longo prazo”, afirmou Xi.
“Depois de experimentar vento e chuva, todos podem sentir dolorosamente que Hong Kong não pode ser caótica e não vai se tornar caótica novamente… O desenvolvimento de Hong Kong não pode ser adiado novamente e qualquer interferência precisa ser eliminada.”
Xi acrescentou que a China apoiará o papel de Hong Kong como um centro internacional de finanças e comércio.
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