Em guerra comercial, câmbio é rei em dívida local de emergentes
Encontrar uma moeda estável agora é fundamental para investidores de títulos de dívida que navegam em mercados emergentes voláteis.
Embora as apostas em mais afrouxamento monetário pelo Federal Reserve tenham derrubado as taxas de juros para níveis recordes de baixa em grande parte do mundo em desenvolvimento, a maioria dos ganhos foi apagada devido à nova onda de desvalorização das moedas.
Esse movimento deu suporte a uma improvável retomada de mercados negligenciados apenas algumas semanas atrás porque investidores consideravam seus retornos muito baixos.
Países da Europa Central e Oriental, também conhecidos como CEE na sigla em inglês, estão entre os de melhor desempenho desde que o Fed reduziu os juros na semana passada, devido aos fortes saldos externos da região e aos estreitos laços com a zona do euro.
Os títulos de dívida da Tailândia se beneficiaram do superávit em conta corrente e do aumento das reservas internacionais, que valorizaram o baht. A depreciação de pelo menos 3%, por sua vez, intensificou as perdas na África do Sul, Brasil e Colômbia.
“Os países do CEE são muito menos beta, especialmente em comparação com a África do Sul, México e outros países com maiores déficits gêmeos”, disse Esther Law, que administra dívida de mercados emergentes na Amundi Asset Management, em Londres.
“Neste contexto, os países CEE de maior rendimento são considerados bons investimentos que oferecem uma boa recompensa de risco.”