Em franca expansão, Cacau Show fala sobre planos para os próximos anos e possibilidade de IPO
No dia 21 de fevereiro, a Cacau Show anunciou a compra do Grupo Playcenter, dando mais um passo na busca pela expansão do negócio para além do cacau nesses 35 anos de história. Agora, a empresa vai focar em fortalecer a marca para além do consumo momentâneo.
Além do modelo Mega Store, a fábrica em Itapevi – que possui um parque de diversões – e os hotéis Bendito Cacao Resort & Spa e o Bendito Cacao Family Resort, agora o fundador e CEO da empresa, Alê Costa, contará com os centros de jogos eletrônicos do grupo que leva o nome do saudoso parque de diversões outdoor Playcenter, localizado na cidade de São Paulo, que fechou em 2012.
Essa ampliação do negócio, segundo Costa, é uma forma de fazer o contato das pessoas com a marca durar mais do que 10 ou 15 minutos e que, dessa forma, consegue passar para seus clientes os valores da empresa construindo uma relação mais próxima, proporcionando experiências e lembranças.
Por esse motivo, o empresário acredita ser o momento ideal para essa junção, já que o propósito de ambas as empresas sempre foi o mesmo: encantar, criar memórias e satisfazer os clientes.
Apesar disso, em entrevista ao Money Times, o CEO da Cacau Show contou que entrar na Bolsa de Valores ainda não está nos planos da empresa, por enquanto.
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“Apesar de ser uma empresa de capital fechado com a consultoria da Big Four (grupo de empresas de auditoria), nós temos também um conselho administrativo. Abrir capital na bolsa de valores não é algo que eu pense no momento, mas não quer dizer que não possa acontecer futuramente”, explica Alê Costa.
Confira a entrevista completa com Alê Costa, fundador e CEO da Cacau Show
Money Times: Qual é o momento atual da empresa e o que se espera para os próximos anos?
Alê Costa: O nosso propósito é compartilhar momentos especiais com as pessoas, proporcionando experiências diferenciadas no universo do cacau e do chocolate. Começamos com as lojas no modelo Mega Store e a aquisição de nossos hotéis, o Bendito Cacao Resort & Spa e o Bendito Cacao Family Resort. No entanto, agora nós queremos ir além, e não ficar apenas no consumo momentâneo, para assim estarmos cada vez mais em contato com diferentes experiências aos nossos consumidores – que serão muito impactados nos próximos 35 anos.
MT: O que fez a empresa buscar outros caminhos nos últimos anos?
Alê Costa: Na verdade, não buscamos outros caminhos, e sim expandimos e ampliamos o caminho que já estávamos trilhando, sempre visando o melhor. Nós estamos sempre em busca de inovações para melhorar cada vez mais a experiência de nossos consumidores e, mais do que nunca, nós reforçamos o posicionamento de proporcionar experiências e momentos especiais para todos. Afinal, esse é o início de um novo momento da nossa “Cacauzinha”.
MT: A ideia de expandir os negócios para além do cacau sempre foi uma vontade desde o início da marca?
Alê Costa: Não, no início eu não imaginava que conquistaria tudo o que eu conquistei. Foi um movimento natural junto com os desafios e as oportunidades que encontrei ao longo do caminho.
MT: O que é pretendido com a compra do Playcenter? A criação de um parque temático outdoor e/ou expansão das demais marcas do Playcenter?
Alê Costa: Neste primeiro momento, a ideia é começarmos aos poucos com a implementação de A&B (alimentos e bebidas) e ter lugares específicos de nossos personagens nos Playlands e Playcenter Family. O parque outdoor é um sonho, mas ainda está em fase de estudo de projeto.
MT: Como pretendem trabalhar essa união das marcas? Vai ter mais Cacau Show no Playcenter ou mais Playcenter na Cacau show?
Alê Costa: Teremos tanto mais Cacau Show no Playcenter quanto mais Playcenter na Cacau Show. Eles são negócios que se complementam, porque, do mesmo jeito que o nosso chocolate encanta, cria memórias e satisfaz os consumidores. Os parques de diversão também, criando memórias afetivas e lembranças especiais. Apesar de não parecer, era um movimento óbvio, considerando os últimos anos da Cacau Show.
MT: Expandir os negócios para além do core business vai na contramão do movimento do mercado de varejo, que tem reduzido suas diversas frentes de atuação. Por que ir contra este movimento no atual momento do varejo?
Alê Costa: Aqui na Cacau nós buscamos o diferente para nos destacarmos das demais empresas. Não somos uma marca tradicional, por isso, estamos sempre em busca de inovação e novos negócios para transformar a Cacau Show em um conglomerado que amplia a experiência com o cacau e o chocolate.
MT: Antes de chegar ao entretenimento, a Cacau show já estava olhando para o mercado de experiências do cliente com a loja de fábrica em Itapevi e os hotéis em Campos do Jordão e Águas de Lindoia. Como pretendem comunicar essas diversas frentes ao consumidor para a marca Cacau Show continue prevalecendo em todas essas frentes?
Alê Costa: Nós pretendemos comunicar essas diferentes frentes ao consumidor colocando a Cacau Show em todos os nossos negócios. Já começamos com o nosso hotel de Campos do Jordão, o qual é inspirado no Cacau e o de Águas de Lindóia, que é inspirado no chocolate, onde serão remetidas as nossas marcas, produtos e personagens no dia a dia dos clientes. Dessa forma, a marca Cacau Show estará sempre inclusa em cada mínimo detalhe de nossos negócios. E agora também estará nos Playlands e Playcenter Family.
MT: Olhar para essa expansão de negócios da Cacau Show é pensar não só em uma ampliação de portfólio como em na ampliação de lucros. Abrir capital na bolsa de valores é um plano para os próximos anos?
Alê Costa: Apesar de ser uma empresa de capital fechado com a consultoria da Big Four (grupo de empresas de auditoria), nós temos também um conselho administrativo. Abrir capital na bolsa de valores não é algo que eu pense no momento, mas não quer dizer que não possa acontecer futuramente.