Em entrevista, Lula fala em mudar politica de preços da Petrobras e Bolsa-Família de R$600; veja os pontos

Nesta quarta-feira (27), Luis Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente e candidato nas eleições presidenciais deste ano, deu entrevista ao UOL, sua primeira depois da convenção de seu partido que oficializou sua candidatura. Em mais de hora, Lula falou sobre corrupção, debates, Petrobras e Bolsa-Família entre outros pontos.

Líder das pesquisas eleitorais de intenção de voto, Lula afirmou aos jornalistas que pretende alterar a política de preços da Petrobras.

O ex-presidente também falou que pretende expandir a atuação do BNDES. “Quero fazer com que o BNDES seja ‘emprestador’ de dinheiro para pequenos e médios empreendedores. Não apenas emprestar para grandes empresas. Para que a gente possa dinamizar a economia brasileira”, explicou o candidato.

O BNDES e os projetos de financiamento do banco são um dos pontos mais atacados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores em relação aos mandatos de Lula.

Sobre o Auxílio-Brasil, o petista afirmou que vai manter o valor estabelecido pela PEC dos auxílios de R$600, mas pensa em rever os critérios de recebimento do benefício. “Mudar nome foi bobagem. Vamos retomar o Bolsa Família a R$ 600. Tem que levar em conta número de pessoas por família, não pode ser igual para todo mundo”, disse Lula.

Sobre a campanha deste ano e resultado das urnas Lula disse não acreditar em um possível problema causado por Bolsonaro. “Não acredito em golpe”, falou aos jornalistas. “Acho que ele vai tentar fazer o que quer fazer. [Mas] a gente deve ter em conta que militares são mais responsáveis que Bolsonaro”.

Ele negou, no entanto, estar fugindo de qualquer conversa, como têm acusado os adversários. “Eu irei em debate com qualquer pessoa, já participei de debate com tanta gente. O que Bolsonaro está pensando: só vou em segundo turno. Se puder lembra a ele que pode não ter segundo turno, a eleição pode ser resolvida no primeiro turno”, provocou.

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Caso eleito, Lula disse descartar uma reeleição. “eu, sinceramente, não penso em reeleição. Quero cumprir mandato com maior competência possível. Saí do governo com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim e péssimo. Eu não quero, não tenho idade, vou estar com 81 anos.”.

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