Política

Em encontro com Fux, ministro da Defesa diz que Forças Armadas estão comprometidas com democracia

03 maio 2022, 19:29 - atualizado em 03 maio 2022, 19:29
Luiz Fux
A conversa entre Fux e Oliveira, a primeira desde que o general assumiu a Defesa, ocorre em meio ao acirramento da crise entre Poderes da República (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou nesta terça-feira, em encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que as Forças Armadas têm o compromisso com a democracia do país e irão atuar pela normalidade das eleições de outubro, informou a assessoria de imprensa da corte.

A conversa entre Fux e Oliveira, a primeira desde que o general assumiu a Defesa, ocorre em meio ao acirramento da crise entre Poderes da República, a ameaças a instituições e a tensões em torno das eleições gerais de outubro.

Em um dos episódios de mal-estar entre militares e o tribunal, o Ministério da Defesa classificou de “irresponsável” declaração do ministro do Supremo e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso de que as Forças Armadas estariam sendo orientadas a atacar o sistema eleitoral.

“Durante o encontro, o Ministro da Defesa afirmou que as Forças Armadas estão comprometidas com a democracia brasileira e que os militares atuarão, no âmbito de suas competências, para que o processo eleitoral transcorra normalmente e sem incidentes”, diz nota do STF.

“Por sua vez, o presidente do STF ressaltou que a Suprema Corte brasileira preza pela harmonia entre os Poderes e pelo respeito entre as instituições”, segue o documento preparado pela assessoria do STF.

Ainda de acordo com a nota, a audiência desta terça entre o ministro da Defesa e o presidente do STF “foi pedida pelo general em deferência ao chefe do Poder Judiciário” antes de reunião prevista com o presidente do TSE, Edson Fachin.

Mais cedo, Fux reuniu-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Após o encontro, o senador afirmou que as instituições têm o dever de dialogar para garantir as eleições e o ambiente democrático.

Alertou ainda que deve-se evitar uma contaminação do clima pela proximidade das eleições, de forma a evitar o que considera “anomalias”, citando ataques a instituições e à democracia, como os ocorridos no último domingo em manifestações de partidários do presidente Jair Bolsonaro.

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