Em discurso no Dia do Memorial, Biden defende democracia “imperfeita” dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usou seu discurso no Dia do Memorial para defender a democracia “imperfeita” de seu país nesta segunda-feira, pedindo mais trabalho para cumprir a promessa do que disse continuar sendo “o maior experimento” da história mundial.
No discurso feito no Cemitério Nacional de Arlington, que abordou o direito ao voto, a liberdade de expressão e esforços para corrigir disparidades econômicas e raciais persistentes, Biden alertou que a democracia está “em perigo” nos EUA e em todo o mundo devido a forças autocráticas que não identificou.
“A democracia é mais do que uma forma de governo, é um jeito de ser, um jeito de ver o mundo. Democracia significa o comando do povo”, disse Biden no discurso em homenagem ao milhão de norte-americanos que perderam a vida no serviço militar.
“A luta pela democracia está acontecendo em todo o mundo – democracia e autocracia. A luta pela decência, dignidade, a decência pura e simples”, disse.
Falando em um Anfiteatro do Memorial de Arlington quase vazio, já que a nação ainda é assolada pela pandemia de coronavírus, o presidente disse que 7.036 pessoas morreram em conflitos recentes dos EUA no Iraque e no Afeganistão, servindo os ideais dos EUA e da democracia como uma forma de governo vibrante. “Eles viveram para isso, morreram para isso”, afirmou.
“Devemos aos mortos homenageados… o total de nossos melhores esforços para aperfeiçoar a União pela qual morreram.”
Biden anunciou planos para retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão neste ano depois do maior engajamento do país no exterior. Ele também já apontou para o que descreveu como um comando autocrático na China e na Rússia como grandes desafios enfrentados pelos EUA.
Agora que muitos Estados norte-americanos trabalham para aprovar leis que críticos dizem pretender suprimir o voto de minorias, Biden também destacou a necessidade de as pessoas terem o direito de votar “livre, justa e convenientemente” e de o Estado de Direito se aplicar “igual e justamente a todos os cidadãos, independentemente de onde eles vêm, de sua aparência”.