Em direção oposta a dos EUA, Hong Kong pede aos bancos locais que ‘tratem bem’ empresas de criptomoedas
Hong Kong dá mais um passo para abrir suas fronteiras ao mercado de criptomoedas. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (29), a autoridade monetária discursou no sentido de abraçar as empresas cripto. Recentemente, muitas ficaram “órfãs” de serviços bancários nos Estados Unidos.
O contexto é que os Estados Unidos vêm apertando a regulação no país, e alguns bancos cortaram serviços de rampas de pagamentos para essas empresas por medo regulatório, ou sequer chegaram a oferecer.
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Por sua vez, Hong Kong está indo na direção oposta, bem amigável em relação ao mercado de criptomoedas. A província asiática já anunciou que pretende abrir as portas oficialmente em junho deste ano, mas hoje deu a dica aos que não querem esperar.
O comunicado foi assinado por Arthur Yuen, vice-chefe executivo da autoridade monetária de Hong Kong, e traz uma visão bastante amigável para os ativos digitais.
“[…] Para esse fim, nos últimos meses, discutimos ativamente com os bancos e os lembramos de que não há nenhuma exigência legal e regulatória que proíba os bancos em Hong Kong de fornecer serviços bancários a entidades relacionadas a ativos virtuais (VA)”, comenta.
No comunicado, a autoridade ainda diz que, a fim de atender às necessidades de abertura de contas e aprimorar os processos relacionados, emitiu uma circular para esclarecer as possíveis interpretações erradas dos bancos em relação à diligência dos clientes e compartilhar alguns casos anteriores e boas práticas.
“A HKMA e a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros também organizarão em conjunto uma mesa redonda amanhã para o setor bancário e os VASPs trocarem pontos de vista sobre a abertura de contas, bem como outras informações úteis”, escreve.
Por fim, é declarado no documento que o órgão vai atuar como regulador e participar ativamente da formulação e implementação de leis e padrões internacionais.
Além disso, se dispõe a fornecer orientação aos bancos de tempos em tempos para ajudá-los a realizar medidas de segurança contra lavagem de dinheiro de maneira “equilibrada e proporcional”.
“Estou confiante de que os serviços bancários continuarão a acompanhar a evolução do mercado”, finaliza a carta.