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Em direção oposta a dos EUA, Hong Kong pede aos bancos locais que ‘tratem bem’ empresas de criptomoedas

28 abr 2023, 11:53 - atualizado em 28 abr 2023, 11:53
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O comunicado foi assinado por Arthur Yuen, vice-chefe executivo da autoridade monetária de Hong Kong, e traz uma visão bastante amigável com os ativos digitais (Imagem: Unsplash/Serey Kim)

Hong Kong dá mais um passo para abrir suas fronteiras ao mercado de criptomoedas. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (29), a autoridade monetária discursou no sentido de abraçar as empresas cripto. Recentemente, muitas ficaram “órfãs” de serviços bancários nos Estados Unidos.

O contexto é que os Estados Unidos vêm apertando a regulação no país, e alguns bancos cortaram serviços de rampas de pagamentos para essas empresas por medo regulatório, ou sequer chegaram a oferecer.

Por sua vez, Hong Kong está indo na direção oposta, bem amigável em relação ao mercado de criptomoedas. A província asiática já anunciou que pretende abrir as portas oficialmente em junho deste ano, mas hoje deu a dica aos que não querem esperar.

O comunicado foi assinado por Arthur Yuen, vice-chefe executivo da autoridade monetária de Hong Kong, e traz uma visão bastante amigável para os ativos digitais.

“[…] Para esse fim, nos últimos meses, discutimos ativamente com os bancos e os lembramos de que não há nenhuma exigência legal e regulatória que proíba os bancos em Hong Kong de fornecer serviços bancários a entidades relacionadas a ativos virtuais (VA)”, comenta.

No comunicado, a autoridade ainda diz que, a fim de atender às necessidades de abertura de contas e aprimorar os processos relacionados, emitiu uma circular para esclarecer as possíveis interpretações erradas dos bancos em relação à diligência dos clientes e compartilhar alguns casos anteriores e boas práticas.

“A HKMA e a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros também organizarão em conjunto uma mesa redonda amanhã para o setor bancário e os VASPs trocarem pontos de vista sobre a abertura de contas, bem como outras informações úteis”, escreve.

Por fim, é declarado no documento que o órgão vai atuar como regulador e participar ativamente da formulação e implementação de leis e padrões internacionais.

Além disso, se dispõe a fornecer orientação aos bancos de tempos em tempos para ajudá-los a realizar medidas de segurança contra lavagem de dinheiro de maneira “equilibrada e proporcional”.

“Estou confiante de que os serviços bancários continuarão a acompanhar a evolução do mercado”, finaliza a carta.

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