BusinessTimes

Em dia turbulento na Bolsa, Suzano e Klabin fecham em forte alta; entenda o motivo

22 out 2021, 18:05 - atualizado em 22 out 2021, 23:19
Suzano SUZB3
Veja o motivo da ação ter disparado (Imagem: Reprodução/ LinkedIn/ Suzano)

As ações da Suzano (SUZB3) dispararam 7,32%, cotadas a R$ 52,80, nesta sexta-feira (22).

Segundo a agência Reuters, esse otimismo do mercado com a empresa deve-se ao fato dela ter anunciado ontem (21) o plano de antecipar meta de remover 40 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, de 2030 para 2025.

Além disso, investidores também buscaram ações de grandes exportadoras como um porto seguro num momento de alta volatilidade do mercado.

Esse também foi um dos fatores para a alta da Klabin, que subiu 7,56%.

Bolsa tem dia turbulento com Guedes

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda de 1,34%, a 106.296,18 pontos. A queda foi puxada em meio a rumores de uma demissão do Ministro da Economia, Paulo Guedes, e da confirmação do furo do teto de gastos por parte do governo.

Segundo o G1, o presidente Jair Bolsonaro havia autorizado sondagem de um nome para substituir Guedes, mesmo após ter reafirmado na véspera que manterá o atual ministro no cargo.

Guedes cancelou participação em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta sexta-feira, alegando despachos internos.

Simultaneamente, várias casas de análise pioravam suas perspectivas para crescimento econômico, inflação, juros e dívida pública para 2021, incluindo Morgan Stanley, Credit Suisse e UBS.

No entanto, o temor diminui após entrevista coletiva entre Guedes e Bolsonaro, onde ficou claro que o Ministro não sairia do governo.

Por outro lado, a coletiva confirmou o furo do teto de gastos, tendo vista que Guedes afirmou que prefere tirar uma nota menor no quesito fiscal, em troca de atendimento a mais frágeis, relativizando a mudança na regra do teto e defendendo que não houve mudança nos fundamentos da economia brasileira.

“Preferimos ajuste fiscal um pouco menos intenso e abraço no social um pouco mais longo”, disse ele à imprensa no auditório do Ministério da Economia, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro ponderou que há coisas que podem ser atendidas, cabendo a ele fazer avaliação de até onde é possível ir.

“Agora se for para 500, 600, 700 aí não dá mesmo e vamos desorganizar economia”, disse ele, indicando que o valor de 400 reais para o benefício do Auxílio Brasil seria um teto.

O ministro defendeu ainda a possibilidade de oferecer um auxílio a caminhoneiros, já que o Brasil roda no modal rodoviário.

(Com Reuters)