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Em dia euforia, dólar desaba e fica mais longe dos R$ 5; veja cotação

09 jun 2023, 12:46 - atualizado em 09 jun 2023, 12:50
Dólar
A aceleração das perdas do dólar foi atribuída por participantes do mercado a visões mais construtivas sobre a cena doméstica (Imagem: Pixabay/frycyk01)

O dólar acelerou suas perdas nesta sexta-feira e chegou a marcar 4,86 reais, em sessão de volumes reduzidos na volta do feriado de Corpus Christi, com investidores citando otimismo sobre a cena macroeconômica doméstica enquanto aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve da semana que vem.

Às 12:10 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 1%, a 4,8750 reais na venda. No menor patamar do dia, o dólar tombou 1,40%, a 4,8556 reais na venda. Caso mantivesse essa cotação até o fim dos negócios, a divisa norte-americana registraria a menor cotação de encerramento desde 6 de junho do ano passado.

Na B3, às 12:10 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,1%, a 4,8980 reais.

A aceleração das perdas do dólar foi atribuída por participantes do mercado a visões mais construtivas sobre a cena doméstica, em meio a sinais convincentes de arrefecimento da inflação e resiliência da atividade. “No Brasil o ambiente é de maior otimismo com o cenário macroeconômico como um todo”, disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

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Já Roberto Motta, estrategista da Genial Investimentos, escreveu em publicação no Twitter que está “construtivo com o real desde os 5,20… nossa balança (comercial) está surpreendendo… o ‘carry’ está entrando; em outras palavras: vai sobrar dólar no Brasil, e quem vai comprar?”.

Ele se referiu a operações de “carry trade”, que buscam lucrar com os diferenciais de juros entre duas economias. No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível elevado que tem sido apontado como um dos principais pilares de sustentação do real.

Operadores destacaram ainda que as negociações desta sexta-feira sentiam os efeitos do feriado local da véspera. Entre esses efeitos, foram citados a baixa liquidez, que tende a exacerbar as oscilações da taxa de câmbio, e movimentos de ajuste à oscilação vista no exterior enquanto o mercado nacional estava fechado.

Na quinta-feira, o índice norte-americano S&P 500 registrou alta de 20% em relação a mínimas do final do ano passado, consolidando um cenário de mercado em alta (“bull market” em inglês), enquanto o dólar caiu para o menor nível em duas semanas frente a uma cesta de pares fortes.

A fraqueza da divisa norte-americana foi alimentada em parte por dados da véspera que mostraram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego saltou para um pico de mais de um ano e meio.

“Essa tendência pode indicar que a desaceleração econômica está começando a afetar o mercado de trabalho”, disse a XP em nota. “Esses resultados estão alinhados com a perspectiva da XP de que o Federal Reserve não realizará mais aumentos nas taxas de juros neste ano.”

Especialistas dizem que cenário de manutenção dos custos dos empréstimos nos EUA tende a jogar contra o dólar, uma vez que reduz as perspectivas de rentabilidade do mercado norte-americano, tornando praças de juros mais altos mais atraentes para investidores estrangeiros.

Na última sessão, na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9244 reais na venda, com alta de 0,26%.

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reuters@moneytimes.com.br
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