Eleições 2022

Em debates, governadores usam Lula e Bolsonaro para aprovação e rejeição

11 out 2022, 17:51 - atualizado em 11 out 2022, 17:51
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Em praticamente todas as questões, os padrinhos políticos de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) eram citados, fosse para atacar ou defender um ponto (Imagem: Renato Pizzutto/Band)

Nesta terça-feira (10), a TV Bandeirantes realizou os primeiros debates entre os candidatos ao governo dos estados que disputam o segundo turno das eleições. Com divulgação local, foram ouvidos os candidatos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Amazonas. Este último deixou de ser debate e virou entrevista pela ausência de um dos participantes.

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Em São Paulo, Lula e Bolsonaro aparecem mais que os próprios candidatos ao governo

Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) usaram da mesma estratégia e mais pareciam preocupados em conseguir votos para Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela presidência do que para eles próprios.

Em praticamente todas as questões, os padrinhos políticos eram citados, fosse para atacar ou defender um ponto.

“Essa redução de ICMS foi uma briga comprada pelo presidente Bolsonaro, era pra aliviar o cidadão, pra aliviar o produtor. Teve efeito porque a gente percebe a inflação já reduzindo de forma significativa”, começou Tarcísio.

“Vou lutar para que o presidente Lula, empossado o presidente, enfrente o lobby dos acionistas estrangeiros da Petrobras. Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões de lucro às custas do consumidor brasileiro”, defendeu Haddad.

Onyx e Leite fazem debate quente no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul também viu o debate entre os candidatos ao posto de governador ser um espelho da disputa ao Palácio do Planalto. Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao cargo de governador para tentar concorrer a presidência, mas acabou retornando para a disputa estadual, fez diversas associações de Onyx Lorenzoni (PL) ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Onyx, que passou ao segundo turno como mais votado, foi ministro de Bolsonaro em múltiplas pastas, e também buscou vincular seu nome e possível mandato à reeleição de Bolsonaro.

“A todo custo ficou pendurado no governo federal para não cumprir um mandato que o povo gaúcho tinha lhe confiado como deputado federal, passando de um ministério para outro”, criticou Leite.

“As famílias gaúchas não serão usadas como instrumento para um delírio presidencial”, disse Onyx.

No Amazonas, debate vira entrevista de última hora

O atual governador Wilson Lima (União Brasil) não compareceu ao debate e o senador Eduardo Braga (MDB) foi entrevistado pela emissora. Em nota, Wilson Lima afirmou que, em virtude da queda de duas pontes no estado nas últimas semanas, esteve em reunião com o ministro da Infraestrutura em Brasília para tratar da reconstrução das mesmas e, por isso, não conseguiu se locomover a tempo.

Como previsto pelo regulamento do debate, com a ausência do atual governador Eduardo Braga foi entrevistado por 30 minutos em três blocos de 10 minutos.

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