Em campos opostos, café sofre ataque após máximas e soja precifica a seca no Sul e Argentina
As cotações do café enfrentam mais um dia de resistência dos operadores, sobretudo os compradores, sem que os fundamentos de valorização estejam neutralizados.
A soja ganha um pouco mais de fôlego, sem escapadas, na esteira da véspera.
Às 12h20 (Brasília), o contrato do grão arábica, para março, perde 2,70%, em 233,45 c/lp, e o da oleaginosa, de janeiro, avança cerca de 0,80%, a US$ 12,71 o bushel.
Após as máximas de 10 anos do café, mantidas até começo da semana, encorpando os 20% de alta de novembro, os traders tentam ir contra a maré de precificação positiva – e os especuladores também testam realização de lucros -, como a quebra acentuada desta safra, estoques mundiais muito rasos, um novo ciclo de recuperação cada vez menos parcial e demanda presente.
E, neste momento, muitas chuvas fortes sobre o cinturão cafeeiro de Minas e Espírito Santo, que também acaba sendo prejudicial.
Para a oleaginosa, o clima seco, prejudicando o plantio com segurança no Rio Grande do Sul e Argentina, comprometendo os volumes e qualidade, estão presente nos negócios de hoje, como na alta anterior. As entregas do estado brasileiro e do país vizinho serão menores.
Na véspera, inclusive, pesou a produção de China em 3 milhões de toneladas a menos, segundo o USDA, que leva o mercado a imaginar que o país tenha que importar mais um pouco do que seria o necessário.