Em busca de segurança: a reação do mercado ao conflito entre Israel e palestinos, como proteger seus investimentos e outros destaques do dia

Os mais recentes desdobramentos do conflito entre israelenses e palestinos seguem repercutindo nos mercados financeiros nesta terça-feira.

Para além das repercussões militares e geopolíticas dos acontecimentos dos últimos dias, os investidores andam de olho principalmente em duas variáveis: a cotação do barril de petróleo e os juros projetados dos títulos da dívida dos Estados Unidos.

Em um primeiro momento, a cotação do petróleo reagiu em forte alta. Hoje, porém, os preços se estabilizaram sem nem ao menos terem cruzado os US$ 90 por barril. Lembrando que há poucos dias o petróleo flertava com a marca de US$ 100 por barril.

Enquanto isso, os juros projetados dos Treasurys estavam travados desde a sexta-feira, véspera do ataque surpresa do Hamas contra Israel que desatou uma nova etapa no conflito entre israelenses e palestinos. O motivo para a paralisação foi um feriado prolongado nos Estados Unidos.

Ultimamente, o mercado secundário de títulos da dívida norte-americana vinha se dobrando à perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos. Os rendimentos visitavam níveis não vistos havia 16 anos.

Hoje, quando voltaram a ser negociados, os juros projetados amanheceram em forte queda. E, quando o rendimento cai, os preços dos títulos sobem. O movimento reflete uma maior demanda pelos Treasurys neste momento de incertezas.

Talvez também porque Phillip Jefferson, vice-presidente do Fed, tenha sinalizado na segunda-feira a possibilidade de uma interrupção da alta dos juros nos EUA.

De qualquer modo, a fuga para ativos seguros não significa necessariamente aversão ao risco. Afinal, as bolsas internacionais sobem na manhã de hoje.

O fato é que as incertezas estão por todos os cantos do mercado em um dia no qual diversos dirigentes do banco central norte-americano falarão em público.

Para entender como esse cenário complexo afeta seus investimentos, acompanhe a cobertura de mercados do Seu Dinheiro.

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O que você precisa saber hoje

JUROS DOS EUA NO FOCO
Por que o fundo da Verde Asset, de Stuhlberger, reduziu a exposição à bolsa? Veja as apostas da gestora. No mês passado, as perdas do fundo Verde vieram do ouro, da bolsa local e de posições em juros em mercados desenvolvidos. 

A PIONEIRA
E o Nobel de Economia vai para… uma historiadora. O que a pesquisa de Claudia Goldin revela sobre desigualdade de gênero e renda no mercado de trabalho.

MACROECONOMIA
A guerra entre Israel e Hamas acende alerta no Banco Central. Quais os riscos de o conflito bater no dólar e na Selic? Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o conflito torna necessário acelerar a agenda de trabalho no país para proteger a economia brasileira.

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
O ‘11 de setembro’ israelense: como proteger seus investimentos em meio a uma tragédia humanitária. O colunista Matheus Spiess explica de que maneira ativos como ouro, títulos indexados à inflação e posições em moedas fortes ajudam a proteger os investimentos nesses momentos de cautela. 

EXILE ON WALL STREET
Felipe Miranda: O petróleo como proteção nos investimentos — entenda como a guerra em Israel impacta a busca pelo hedge perfeito. Getninjas está propondo uma redução de capital de R$ 4,40 por ação. Na prática, equivale a uma distribuição de dividendos de quase todo o caixa da companhia.

FIIS HOJE
Fundo imobiliário HCTR11 dispara na B3 após anunciar alta de 58% nos dividendos; veja quem tem direito aos proventos. O FII comunicou que distribuirá R$ 0,27 por cota em outubro, mas a cifra ainda é inferior à paga no mesmo período do ano passado.

TERCEIRO DIA DE GUERRA
A guerra longe do front: como Israel quer transformar o Hamas em pó sem pegar em armas — e o preço será alto. Do outro lado, o grupo extremista ameaça executar os mais de 100 reféns e transmitir ao mundo essas execuções em áudio e vídeo.

FINANÇAS PESSOAIS
Começa nova fase do Desenrola — e a plataforma de renegociação de dívidas já está disponível. Saiba como acessar o site para sair do vermelho. A nova fase do programa vai renegociar as dívidas de até R$ 5 mil de devedores que recebem até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único.

Uma boa terça-feira para você!