Internacional

Em batalha por US$ 1 bi em ouro, Reino Unido apoia Guaidó como presidente da Venezuela

19 jul 2021, 21:00 - atualizado em 19 jul 2021, 21:00
Juan Guaidó
A intervenção de última hora do gabinete de Relações Exteriores acompanhou um documento legal de 30 páginas (Imagem: REUTERS/Manaure Quintero)

O governo britânico tentou frustrar uma iniciativa do Banco Central venezuelano nesta segunda-feira de repatriar cerca de 1 bilhão de dólares em outro armazenado em Londres, com uma declaração inequívoca de que apoia o opositor Juan Guaidó como legítimo líder do país sul-americano.

As equipes que representam os interesses do líder Nicolás Maduro e de Guaidó estiveram na Suprema Corte do Reino Unido na última rodada de uma longa disputa sobre quem deveria controlar a quantia que representa aproximadamente 15% das reservas venezuelanas de moeda estrangeira.

Advogados que representam o banco central venezuelano dizem que a venda do ouro financiaria a resposta à pandemia de coronavírus no país e fortaleceria um sistema de saúde afetado por mais de seis anos de crise econômica.

O Banco da Inglaterra, cujos cofres guardam o ouro, se recusou a liberar a quantia, no entanto, após o governo britânico se juntar, em 2019, a dezenas de outros países que manifestaram apoio a Guaidó, fundamentados na tese de que a vitória de Maduro nas eleições presidenciais do ano anterior teria sido fraudada.

“O governo do Reino Unido é claro sobre o reconhecimento de Juan Guaidó pelo governo de Sua Majestade desde fevereiro de 2019 como o único presidente legítimo da Venezuela”, disse o gabinete de Relações Exteriores britânico em nota, após solicitação da Suprema Corte para esclarecer seu posicionamento no caso.

A intervenção de última hora do gabinete de Relações Exteriores acompanhou um documento legal de 30 páginas.

“O escopo da disputa parece ter se estreitado”, disse o presidente da Suprema Corte, Lorde Reed, em referência ao caso que havia sido aberto para decidir se o Reino Unido reconhecia Guaidó como o líder da Venezuela apesar de Maduro ainda comandar a nação sul-americana em seu cotidiano.

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