Em ata, BC reitera porta aberta para novo corte no juro e cita risco externo
Os membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) veem as expectativas para a inflação ancoradas, mas admitem elevado grau de incerteza nessas estimativas. Eles ponderam o risco sobre a economia brasileira de um revés no cenário internacional em um contexto de frustração na agenda de reformas.
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“O Copom reafirmou que a política monetária tem flexibilidade para reagir a riscos para ambos os lados, tanto ao risco de que efeitos secundários de choques de oferta e propagação do nível corrente baixo de inflação produzam inflação prospectiva abaixo do esperado, quanto ao risco de um revés no cenário internacional num contexto de frustração das expectativas sobre as reformas e ajustes necessários.”
O recado consta em ata divulgada nesta quinta-feira (15) referente à reunião da semana passada que resultou em redução de 0,25 ponto percentual na Selic, de 7% ao ano para 6,75% ao ano. O documento reitera a porta aberta para uma nova redução no juro básico brasileiro, embora indique que a referência econômica ficará estacionada nesse patamar.
“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, o comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária. Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar a uma flexibilização monetária moderada adicional, caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos.”