Em 13 estados, correligionários de Lula e Bolsonaro se unem para comandar Assembleias; partidos dominam quase totalidade
Se durante as eleições de 2022 PT e PL tiveram atuação antagônicas, principalmente para a decisão para presidente da República, essa posição se inverteu para a composição das mesas diretoras das Assembleias Legislativas dos estados.
Em 13 estados, os dois partidos toparam se unir para dividir os comandados das casas, tendo representantes dos dois partidos compondo a mesma chapa.
No Rio, o deputado Rodrigo Bacellar (PL) foi eleito presidente da Casa com votos do PT, que recebeu a terceira-vice-presidência em troca, além da promessa de comandar comissões de destaque. A mesma dobradinha marcou a escolha em Minas Gerais e ainda pode se repetir em São Paulo.
Até mesmo em Estados considerados essencialmente petistas ou bolsonaristas, alianças entre PT e PL foram registradas. Exemplos se deram em Santa Catarina, Paraná, Bahia, Alagoas, Amazonas e Mato Grosso. Na Assembleia paranaense nem houve disputa. A chapa para ocupar a presidência foi única e encabeçada por Ademar Traiano (PSD), reconduzido ao cargo para o quinto mandato consecutivo – o que é possível porque cada Estado tem regras próprias de limite à reeleição.
Em São Paulo, único Estado a dar posse a seus novos deputados em março, a eleição para a Mesa Diretora deve marcar o fim de uma era dominada pelo PSDB. Com a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo do Estado, a expectativa é de que petistas ajudem André do Prado (PL) a se tornar presidente. Pelo acordo, os petistas, donos da segunda maior bancada, ficariam com a primeira-secretaria, responsável pelos contratos da Casa.