Elon Musk é investigado por uso inadequado de informações privilegiadas nos EUA
Parece que Elon Musk está com problemas na justiça americana. A Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos está investigando o bilionário e seu irmão, Kimbal Musk, por “insider trading”, ou seja, o uso inadequado de informações privilegiadas.
De acordo com o Wall Street Journal, em 6 de novembro de 2021, o empresário publicou um tuíte questionando seus seguidores se deveria vender 10% do capital da Tesla (TSLA; TSLA34), sua empresa de automóveis.
No dia anterior à publicação, seu irmão Kimbal havia vendido mais 80 mil ações da empresa no valor de US$ 108 milhões de dólares.
Pouco tempo depois, Musk vendeu o percentual de sua empresa sugerido nas redes sociais em uma transação de milhões de dólares.
Para a SEC, a “coincidência” pode ser interpretada como uma violação às normas que impedem funcionários de realizarem negociações com informações não divulgadas.
A rixa entre Musk e a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana também não é nova. Em 2018, o CEO da Tesla realizou publicações no Twitter (TWTR; TWTR34) afirmando que poderia tornar sua empresa privada, o que gerou grande desconforto junto ao órgão regulador.
Após um processo, o executivo concordou em solicitar aprovação prévia da comissão antes de divulgar em plataformas digitais qualquer transação financeira relevante.
Desde então, o empresário sul-africano é observado pela SEC para evitar a publicação de posts não regularizados.
O decorrer do processo tem desgastado ainda mais a relação entre um dos maiores empresários do planeta e o principal órgão regulador do mercado financeiro internacional.
Apesar do problema ser quase pessoal, os efeitos da disputa sobre as ações da empresa podem afetar também seus investidores.