Eletrobras tem forte queda com Maia sinalizando dificuldade para aprovar venda
Depois de um início positivo, chegando à máxima de R$ 36,10, as ações da Eletrobras (ELET6) operam com forte queda parte final desta segunda-feira.
O mercado reage à notícia dada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que a privatização da estatal está cada vez mais difícil de ser aprovada.
Assim, por volta das 17h10, os papéis perdiam 3,34% a R$ 37,06.
“A cada dia que passa fica mais difícil (fazer a privatização este ano)”, disse Maia, em reportagem publicada no site do Estadão nesta tarde, ao ser perguntado se poderia ser feita a capitalização da estatal em 2020, com diluição da participação da União, modelo que vem sendo criticado no Senado.
Maia destacou que o senador Eduardo Braga tem algumas ideias, algumas críticas ao atual modelo, porém disse que o governo vem conversando para chegar a um consenso. “Se eles (governo e Senado) conseguirem pacificar o tema (da privatização da Eletrobras), estamos prontos para tratar (do assunto, na Câmara)”, informou.
Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro indicou que a Eletrobras deve passar por um processo de privatização para evitar o colapso da estatal, que é responsável por cerca de um terço da capacidade de geração de energia e metade do sistema de transmissão do país.
A afirmação veio em resposta à pergunta de uma pessoa no portão do Palácio da Alvorada que, após dizer que integra o quadro da empresa, questionou se ela seria desestatizada.
“Olha, o que aconteceu? Quando a Dilma baixou o preço (da energia), houve um déficit enorme. Hoje, você precisa investir para o sistema não entrar em colapso. Eu não tenho 28 bilhões de reais. Esse é o problema. Tem muita estatal aí que tem que ser negociada, esse é o problema”, respondeu ele, em transmissão feita pelas suas