Eletrobras recua com planos de levantar R$ 5,1 bi por meio de aumento de capital
O mercado recebeu com cautela a notícia de que a Eletrobras (ELET3) estima levantar até R$ 5,1 bilhões com um planejado aumento de capital por subscrição de até R$ 9,98 bilhões, segundo uma apresentação da empresa divulgada ao mercado.
Com isso, por volta das 13 horas, os papéis da companhia recuavam 0,36% R$ 36,24.
Nesse cenário, um mínimo de R$ 4,05 bilhões seria integralizado pela União, controladora da empresa, por meio da capitalização de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFACs). O montante máximo inclui a participação de fundos do governo, BNDES/BNDESpar e 100% dos minoritários.
No cenário em que 60% dos minoritários participem, além da União, a entrada de recursos seria de R$ 1,9 bilhão.
Na véspera, a estatal informou a aprovação pelo seu conselho de administração de convocação de assembleia de acionistas em 14 de novembro para deliberar sobre o tema.
A estatal havia informado antes que as ações emitidas na operação terão preço unitário de 35,72 reais para novos papéis ordinários e de 37,50 reais para os preferenciais de classe B.
O valor foi definido com base na média ponderada dos últimos 30 pregões da bolsa B3 antes de 7 de outubro pelo volume de ações negociadas no período, considerando-se deságio de 15%. Os acionistas terão direito de preferência para subscrever novas ações na proporção de suas participações da companhia.
Pelo cronograma, a conclusão do processo do aumento de capital acontecerá em dezembro.
A Eletrobras negou notícias de que o aumento de capital ocorrerá por falta de apoio no Congresso ao processo de desestatização da empresa, previsto para 2020.