Eletrobras inverte e sobe com discussão sobre privatização e emissão de debêntures
Depois de um começo de jornada negativo, as ações da Eletrobras (ELET3) operam com alta de 1,33% a R$ 33,44, na tarde desta quinta-feira na bolsa paulista. Pela manhã, o mercado mostrava cautela com a possibilidade de o Congresso Nacional derrubar o decreto que autoriza a privatização da estatal.
Ontem, a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) deu um parecer favorável a impedir a venda da estatal sem autorização do Legislativo. O relatório foi entregue na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara, aprovando proposta dos deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP).
Teixeira é autor do projeto de Decreto Legislativo (PDC 922/2018) para sustar o decreto publicado ainda no governo Temer, incluindo a Eletrobras no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), coordenado pela Casa Civil da Presidência, e no Plano Nacional de Desestatização (PND), tocado pelo BNDES.
Apesar disso, o atual governo ainda não definiu de que forma será dada a privatização da estatal, sendo que o tema deve ficar somente para o próximo ano.
Debêntures
Na noite de ontem, a Eletrobras divulgou o encerramento da oferta pública de debêntures que resultou na captação de R$ 5 bilhões para a companhia. O recurso será utilizado, em parte, para a quitação de um bônus de US$ 1 bilhão com vencimento em julho de 2019 e reforço de caixa.
Por sua vez, cerca de R$ 700 mil captado via debêntures de infraestrutura será utilizado para pagamentos futuros de despesas ou dívidas relacionadas a implementação dos projetos da usina nuclear de Angra 3 e da hidrelétrica de Belo Monte.