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Eletrobras (ELETR3) reformula conselhos em abril, com três indicados da União, além de Mantega

28 mar 2025, 13:08 - atualizado em 28 mar 2025, 13:08
Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, participa de uma entrevista durante a CERAWeek em Houston, Texas, EUA 12/03/2025 REUTERS/Kaylee Greenlee
Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, participa de uma entrevista durante a CERAWeek em Houston, Texas, EUA 12/03/2025 REUTERS/Kaylee Greenlee

A Eletrobras (ELETR3) apresentou nesta sexta-feira sua proposta de composição do novo conselho de administração, a ser eleito em assembleia de acionistas em 29 de abril, incluindo nomes indicados pela União e recondução da maioria dos membros atuais.

Conforme proposta encaminhada para deliberação, podem entrar no conselho os indicados pelo governo Maurício Tolmasquim, Silas Rondeau e Nelson Hubner. Além disso, para o conselho fiscal, entraria Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de governos petistas, também indicado pela União.

Rondeau e Huber, por sua vez, já foram ministros de Minas e Energia em governos do PT.

Segundo o documento da Eletrobras, Tolmasquim se comprometeu a deixar sua posição de diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras caso seja eleito conselheiro na Eletrobras, já que as empresas seriam concorrentes.

Compromissos semelhantes foram assumidos por Rondeau e Hubner, hoje ligados à ENBPar, estatal que foi criada após a privatização da Eletrobras para ficar encarregada dos negócios nucleares e de Itaipu Binacional. Eles também deixarão os cargos de conselheiros da ENBPar e de presidente, no caso de Rondeau, se eleitos para o colegiado da Eletrobras.

As indicações da União foram possíveis a partir do acordo fechado com a Eletrobras para encerrar a disputa no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada ao limite de voto na empresa. Os termos dessa negociação serão submetidos à deliberação de acionistas em assembleia extraordinária que será realizada também em 29 de abril, antes da assembleia ordinária.

Nova cara do conselho

A eleição de conselho em abril marca a primeira grande reformulação do colegiado da Eletrobras desde a privatização, concluída em 2022 e cujo “turnaround” está chegando ao fim.

A Eletrobras informou ainda que poderão ser reconduzidos ao colegiado o atual presidente do conselho Vicente Falconi; Ana Silvia Corso Matte; Daniel Alves Ferreira; Felipe Villela Dias e Marisete Pereira, além de Pedro Batista, da 3G Radar, que é eleito em separado por ser indicado por acionistas preferencialistas.

Pela proposta, deixam de fazer parte do conselho Ivan Monteiro, CEO da companhia, Marcelo Siqueira, vice-presidente jurídico, e Marcelo Gasparino.

O último posto vago, após entrada dos indicados da União, pode ser ocupado por Carlos Márcio Ferreira, executivo com carreira em grandes empresas do setor elétrico.

Outras temas para deliberação

A assembleia ordinária da Eletrobras no fim de abril votará ainda outros temas, como a proposta de distribuição de R$4 bilhões em dividendos referentes aos resultados de 2024 — o maior valor da história da companhia–, sendo que R$2,2 bilhões já foram pagos em janeiro de 2025.

Também foi submetida à deliberação de acionistas uma proposta de incorporação, pela Eletrobras, de sua controlada Eletropar, em meio aos esforços da companhia elétrica de racionalização de suas estruturas societárias e de governança.

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reuters@moneytimes.com.br
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