Eletrobras (ELET3): Privatização vira alvo do governo após apagão; ‘jamais deveria ter sido privatizada’
A privatização da Eletrobras (ELET3) entrou na mira do governo depois do apagão registrado nesta terça-feira (15). Ao menos no verbo. Primeiro por um tuite da primeira-dama, Janja, e depois pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022. Era só esse o tuite”, escreveu Janja na tarde desta terça. Posteriormente, o ministro Alexandre Silveira, durante coletiva para esclarecer os acontecimentos, foi indagado sobre a postagem da primeira-dama.
Ele então afirmou que sua posição “sempre foi contra a da privatização” e que ela “fez muito mal ao sistema” de energia elétrica nacional. Ele também disse discordar do “modelo” usado para privatizar a empresa, sem entrar em detalhes. “O setor elétrico, num país com a dimensão territorial do Brasil, jamais deveria ter sido privatizado”, completou.
Posteriormente na entrevista o ministro retomou o tema e disse que “um setor estratégico como esse deve ter uma mão firme do estado brasileiro”.
Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.
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Apagão: governo não sabe o que aconteceu; Abin e PF convocadas
O colapso da energia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, nesta terça-feira (15), foi fruto de evento ‘extremamente raro’, com falhas simultâneas em duas linhas de transmissão de energia, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“É extremamente raro que aconteça. Pois trabalhamos no sistema N-1 [quando há falha no sistema de energia, outro sistema assume a função de escoamento da energia], (…) então temos que ter dois eventos concomitantes em linhas de transmissão de alta capacidade”, afirmou. Ele classificou o evento como “uma contingência rara da ONS”.
Segundo Silveira, a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar parte das causas do apagão registrado nesta terça-feira (15).
A administração ainda não sabe a causa do segundo evento. O que é de conhecimento da administração federal é uma interrupção numa linha de transmissão elétrica no estado do Ceará, mas há um segundo evento que ainda não foi descoberto, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.