Eletrobras (ELET3) destrava potencial de dividendos após avanço de conversas com a União, dizem analistas

Avanço no acordo da Eletrobras com a União pode destravar dividendos da companhia (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O avanço nas negociações entre a Eletrobras (ELET3;ELET6) e a União agrada o mercado, e as ações da companhia dispararam no pregão desta quinta-feira (5). Segundo analistas, a notícia destrava potencial para pagamento de dividendos.

ELET3 terminou a sessão com baixa de 4,02%, a R$ 26,46. Já ELET6 recuou 3,44%, a R$ 40,60.

A companhia e a Advocacia-Geral da União (AGU) avançaram na discussão para conclusão do acordo relacionado à aspectos de governança e participação na empresa, um entrave pós-privatização da gigante do setor elétrico.

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A Eletrobras informou que a antecipação de recursos devidos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) não está mais sendo tratada. Essa medida que vinha sendo perseguida pelo governo com o objetivo de aliviar a conta de luz.

Os analistas do Itaú BBA agora estão mais otimistas sobre a probabilidade de um fechamento de negócio em termos favoráveis para a Eletrobras. Eles recordam ainda que prazo atual para o governo federal e a Eletrobras chegarem a um acordo no âmbito da Câmara de Mediação e Conciliação (CCAF) é 17 de dezembro.

No entanto, o prazo já foi prorrogado diversas vezes no passado e pode ser prorrogado novamente.

A classificação da casa para ELET3 é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”).

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Já os analistas do Goldman Sachs destacam que a Eletrobras vem aumentando sua posição de caixa por meio de emissão de dívida, possivelmente para ter flexibilidade de negociação diante de uma eventual antecipação da CDE.

“A antecipação dos pagamentos da CDE implicaria uma saída de caixa significativa, o que aumentaria a alavancagem da Eletrobras e potencialmente adiaria, tudo mais constante, o aumento na distribuição de dividendos”.

O Goldman Sachs também tem recomendação de compra para ELET3.