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Eletrobras (ELET3): Com a privatização, é melhor comprar ações preferenciais ou ordinárias?

06 out 2022, 14:15 - atualizado em 06 out 2022, 15:43
Eletrobras
Migração da Eletrobras para o Novo Mercado pode levar a uma troca nas ações; entenda (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Caso a Eletrobras (ELET3) migre para o Novo Mercado – como planeja fazer em até 10 meses -, por regra todas as suas classes de ações deverão ser convertidas em ordinárias.

A migração para o mais alto padrão de governança corporativa é planejada após a privatização da empresa e o retorno de Wilson Ferreira Jr. ao cargo de CEO.

Para a Genial Investimentos, em relatório assinado por Vitor Sousa, antes da mudança é melhor comprar as ordinárias (ELET3), do que as preferenciais classe A (ELET5) ou B (ELET6), no caso de reestruturação societária via troca de ações.

A corretora fala em “estar próximos das ações que os controladores detém”, as ordinárias (ELET3), “à medida que quaisquer propostas não devem ser desfavoráveis aos acionistas controladores”.

Segundo a Genial, as ações ordinárias negociam com desconto de 4,7% em relação as preferenciais (ELET3/ELET6). A diferença está acima da média histórica de 12 meses, disse a corretora.

“Caso alguma proposta com viés neutro fosse proposto no dia de hoje, acionistas ordinários tenderiam a ser marginalmente beneficiados”, pondera.

Segundo a Genial, a fatia econômica nas ações ordinárias (R$ 88 bilhões) é muito maior do que nas ações preferenciais (R$ 12,6 bilhões).

A diferença leva o analista a acreditar que qualquer proposta de relação de troca entre esses papéis teriam pouco espaço – ou interesse dos grupos controladores – a serem benéficas aos preferencialistas.

Afinal, o que é o Novo Mercado?

Conectado com a temática do ESG, na última década, o Novo Mercado, lançado no ano 2000, firmou-se como segmento da B3 que reúne empresas com o mais alto padrão de governança corporativa.

Em linhas gerais, essa listagem é destinada à negociação de ações de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira.

Mas, mesmo com essa e outras iniciativas, um em cada sete fundos classificados como sustentáveis tem uma intensidade de emissões de carbono maior que a média em todos os fundos de investimento, e nenhum fundo marcado pelo clima tem uma carteira totalmente alinhada com a meta do Acordo de Paris.

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