Eletrobras (ELET3) busca ‘upgrade de gestão’ após privatização, diz CEO
A cadeira de presidente da Eletrobras (ELET3) voltou a ser ocupada por Wilson Ferreira Júnior desde o último dia 19.
Ferreira foi escolhido no início de agosto para voltar ao comando da companhia, que presidiu entre 2016 e 2021, após a eleição de um novo conselho de administração da elétrica.
O executivo foi um dos idealizadores do processo de capitalização da empresa, que foi consumado em junho deste ano em uma operação que movimentou mais de R$ 30 bilhões.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (29), Ferreira disse, em relação ao futuro desse processo, que é “retomar um trabalho que trouxe a companhia até aqui”.
Essa retomada, de acordo com o presidente, é um caminho relevante para a Eletrobras, com novos horizontes sem as amarras de uma empresa estatal, em sua avaliação, e com a perspectiva de crescimento da companhia.
A primeira decisão do novo presidente, segundo a companhia, é viabilizar o processo de transformação por meio do chamado “Escritório da transformação”, comandado por Camila Araújo, com a identificação de um conjunto de alavancas do setor.
A frente faz parte de uma nova estrutura organizacional que visa consolidar os objetivos da companhia no pós-privatização, centralizando a gestão e focando em temas como o do ESG (Environmental, Social and Governance), principalmente, no quesito governança.
É, em linhas gerais, uma migração da empresa para o Novo Mercado, com o “upgrade de gestão”. Para Ferreira, o movimento demonstra a “importância de agir como um grupo econômico”.
Os riscos para a Eletrobras
Para a XP, a recente eleição de Wilson Ferreira para o cargo de CEO foi um “forte sinal de que as coisas vão acontecer rapidamente”. “Sua longa trajetória no setor e experiência recente na companhia apontam para isso”, disse.
A corretora avalia que existem vários riscos para a companhia, mas que não são incontornáveis. Entre eles, o mais proeminente é de que a Eletrobras não consiga alocar a energia descontratada derivada da migração do regime de cotas para o regime de produto independente a preços favoráveis, segundo a XP.
“Para lidar com esse risco, esperamos que a companhia desenvolva ou adquira uma comercializadora no curto prazo”, apontou a corretora em relatório assinado por Maíra Maldonado e equipe.
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