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Eletrobras (ELET3): BTG retoma cobertura com ‘compra’; ação é uma das mais baratas

11 jul 2022, 11:29 - atualizado em 11 jul 2022, 11:29
Eletrobras
Em nova fase, a Eletrobras pode começar suas atividades como uma empresa mais próxima de seus pares privados (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O BTG Pactual (BPAC11) retomou a cobertura das ações da Eletrobras (ELET3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 62, o que implica um potencial de valorização de 41% em relação ao último fechamento.

O rating reflete os últimos desdobramentos da companhia, que entra em uma nova fase após ser privatizada por meio de uma oferta de ações que movimentou aproximadamente R$ 33,7 bilhões (considerando lote suplementar).

A Eletrobras pode finalmente se livrar das ineficiências de quando operava como uma estatal e começar suas atividades como uma empresa mais próxima de seus pares privados nos segmentos de transmissão e geração de energia, afirma o BTG.

“Agora que a Eletrobras se transformou em uma companhia privada, acreditamos que ela tem todas as ferramentas necessárias para finalmente começar a operar como uma”, comentam João Pimentel e Gisele Gushiken, analistas que assinam o relatório divulgado pelo banco neste domingo (10).

Na avaliação do BTG, a geração de fluxo de caixa da ex-estatal aumentará substancialmente após a reprecificação do seu portfólio de energia. Além disso, o banco enxerga espaço para iniciativas de cortes de custos significativos, grande upside vindo da gestão e de créditos tributários e crescimento em geral.

As despesas da Eletrobras são, inclusive, um dos principais tópicos de atenção envolvendo a empresa. O BTG destaca que os custos da companhia continuam bem acima dos níveis apresentados pelo setor privado. No entanto, com os ganhos de escala e sinergias que a companhia ainda tem a destravar, o banco acredita que a eficiência das operações vai melhorar.

“Pode até superar os pares privados depois do turnaround“, afirmam Pimentel e Gushiken, citando o tamanho do negócio da Eletrobras (a empresa conta com 25% da capacidade de geração de energia instalada no Brasil, junto com 45% das linhas de transmissão do país).

Pechincha

A Eletrobras é uma das ações top picks do BTG no setor de energia. Segundo o banco, a companhia é um dos nomes mais baratos sob sua cobertura.

Para Pimentel e Gushiken, nos preços atuais, a ação ainda precifica um cenário de empresa controlada pelo governo bem administrada, mas considera muito pouco de seu potencial como companhia privatizada.

“A combinação de uma base de acionistas muito boa (e ativa) e uma equipe de administração de primeira linha pavimentará o caminho para uma história de turnaround de sucesso, aumentando significativamente a geração de fluxo de caixa e permitindo que a companhia pague bons dividendos e/ou aumente seu poder de fogo para novos investimentos”, acrescentam os analistas.

Eletrobras
BTG estima uma grande melhora na margem Ebitda ao longo dos próximos anos (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Com o sucesso do turnaround e o fim do regime de cotas, o BTG estima uma grande melhora na margem Ebitda ao longo dos próximos anos, com o indicador aumentando gradualmente de 40% em 2021 para 69% em 2025.

O BTG projeta uma rápida desalavancagem para a Eletrobras, de 2,6 vezes em 2022 para 0,8 vez em 2025, o que abre espaço para crescimento ou pagamento de dividendos aos acionistas nos próximos anos.

Próximos passos

A Eletrobras precificou a oferta para privatização a R$ 42 por ação, movimentando R$ 29,29 bilhões.

A operação envolveu a oferta primária de 627.675.340 de novas ações ordinárias emitidas pela empresa, através das quais o governo brasileiro diluiu sua participação, e uma oferta secundária de 69.801.516 ações já detidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Considerando o lote suplementar de ações destinado para a estabilização de preços, que aumenta a oferta em 15%, o valor total sobe para R$ 33,68 bilhões.

Para facilitar a mudança após a privatização, os membros do conselho de administração da Eletrobras, com exceção de um, renunciaram aos cargos.

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, apresentou sua renúncia do conselho, mas continua no cargo de CEO.

A Eletrobras recebeu dos acionistas no mês passado os nomes dos candidatos a serem eleitos para o novo conselho. A companhia convocou uma assembleia geral extraordinária, a ser realizada em 5 de agosto, para eleger os novos membros.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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