Eletrobras (ELET3): BofA eleva preço-alvo a R$ 62; veja 4 fatores que podem fazer ação subir 40%
Após a realização da oferta de ações que a privatizou, a Eletrobras (ELET3) entra em um novo capítulo de sua história.
Construtivo sobre a empresa, o Bank of America reforçou a recomendação de compra para as ações e estipulou um novo preço-alvo de R$ 62, contra R$ 50 anteriormente.
Segundo o banco norte-americano, a Eletrobras oferece 21% Ebitda CAGR estimado entre 2022-25, parcialmente protegido contra a estagflação, além de potencial de re-rating, risco de alta do VPL (valor presente líquido) devido a uma melhora na estrutura de capital e um potencial de valorização de 40% das ações para o novo preço-alvo.
A Eletrobras é uma das top picks do BofA, que enxerga quatro gatilhos para a ação destravar o upside de 40%:
- preços de energia;
- gestão de passivos;
- custos eficientes (estimativa de corte de custos de 46%, ou R$ 800 milhões por ano); e
- isenções fiscais (6% do valor presente líquido, com riscos pendendo para o lado positivo).
A Eletrobras precificou a oferta para privatização a R$ 42 por ação, movimentando R$ 29,29 bilhões.
A operação envolveu a oferta primária de 627.675.340 de novas ações ordinárias emitidas pela empresa, através das quais o governo brasileiro diluiu sua participação, e uma oferta secundária de 69.801.516 ações já detidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Considerando o lote suplementar de ações destinado para a estabilização de preços, que aumenta a oferta em 15%, o valor total sobe para R$ 33,68 bilhões.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na semana passada que a União seguirá vendendo as ações que ainda detém na Eletrobras até chegar a uma participação de mais ou menos 10%.
“Eu só preciso ter 10%. E, na verdade, tenho 30 e tantos (%). Então, tenho sobrando uma porção de papéis da Eletrobras, que vou vender, ao longo do tempo”, comentou o ministro.
Para facilitar a mudança após a privatização, os membros do conselho de administração da Eletrobras, com exceção de um, renunciaram aos cargos.
O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, apresentou sua renúncia do conselho, mas continua no cargo de CEO.
A Eletrobras recebeu dos acionistas na semana passada os nomes dos candidatos a serem eleitos para o novo conselho. A companhia convocará uma assembleia geral extraordinária para eleger os novos membros.