Eletrobras (ELET3) antecipa operação de reator no Norte para reduzir risco de usinas por seca
A Eletrobras (ELET3) afirmou nesta quinta-feira (3) que antecipou a operação de um banco reator em uma subestação em Rondônia como parte das ações para minimizar o risco de paralisação das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, localizadas no rio Madeira, em razão da seca.
A companhia antecipou a energização de um dos dois novos bancos de reatores que estão sendo instalados na subestação Coletora Porto-Velho. Esses equipamentos atuam por exemplo no controle de tensão, ajudando a manter a estabilidade da operação da rede elétrica e a evitar falhas no fornecimento de energia.
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“A decisão de antecipar a operação foi tomada pela empresa em conjunto com a Aneel e o ONS. No próximo mês de novembro será energizado o segundo reator, que completa as ações estratégicas que reduzem o risco de paralisação das usinas”, disse a Eletrobras, em nota.
Uma seca severa neste ano vem afetando a geração das hidrelétricas do Norte nos últimos meses, em situação que preocupa o governo principalmente pela relevância dessas usinas para o fornecimento de potência ao sistema elétrico no fim da tarde, quando a carga de energia está elevada e as usinas solares estão parando de gerar.
Operando a fio d’água (sem reservatório de acumulação), Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, estão entre as principais usinas do país, somando cerca de 7.000 megawatts (MW) de capacidade instalada. A Eletrobras é acionista controladora de Santo Antônio e também tem participação em Jirau.
Com o Madeira alcançando cotas mínimas históricas no último mês, os empreendimentos tiveram suas operações reduzidas. O mesmo ocorre com Belo Monte, no rio Xingu, que teve sua vazão mínima reduzida a 100 m³/s pelo governo, com o objetivo de permitir que a usina continue operando para atender os horários de ponta.
A Eletrobras mencionou ainda que, em junho, a operadora da usina de Jirau já havia realizado a transferência de um reator de barra para a subestação, também como parte das ações para minimizar a possibilidade de paralisação das usinas.
“A instalação desse tipo de reator é uma solução técnica que permite uma resposta mais rápida e eficiente às variações de carga que podem ocorrer durante a operação conjunta das usinas. Isso é possível porque ele funciona com um stand by, propiciando ao sistema a segurança necessária para operar e suportar os desafios impostos pela seca sem interrupção do fornecimento”, explicou.
Outra iniciativa mencionada pela companhia para reduzir o risco de paralisação dos empreendimentos foi a realização de estudos para operação de Jirau com o “Back-to-Back” na condição “stand alone”, sem a hidrelétrica Santo Antônio, além das alterações de controle necessárias para que essa operação fosse possível.