Eletrobras (ELET3) ainda tem lenha para queimar; XP vê potencial de alta de 49%

A XP Investimentos atualizou suas estimativas para Eletrobras (ELET3), visando incorporar a visão mais recente sobre os preços de energia e os últimos resultados da companhia, que recentemente completou aniversário de dois anos da privatização.

A casa mantém sua recomendação de compra para a ex-estatal, com preço-alvo de R$ 57/ação, um potencial de valorização de 49% para ELET3 em relação ao fechamento de quarta-feira (10).

Os analistas Vladimir Pinto e Maíra Maldonado, que assinam o relatório, veem um cenário de curto prazo mais favorável nos mercados de energia, por conta de uma das estações chuvosas mais fracas da série histórica em 2024.

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No longo prazo, no entanto, o cenário base da XP para os preços da energia considera uma recuperação lenta, tento em vista a situação de excesso de oferta deve ser resolvida gradualmente com maior crescimento da demanda.

Eles destacam que, desde sua privatização, a Eletrobras tem conseguido reduzir gradativamente sua posição descontratada e explorar oportunidades de mercado, apesar do cenário desafiador vivido desde o segundo semestre e 2022.

“Recentemente, vimos um momento mais favorável para os preços da energia devido a uma das estações chuvosas mais fracas de todos os tempos. Dito isso, estamos adotando preços de R$ 58/MWh para o 2S24, R$ 150/MWh para o período 2025-2027 e R$ 155/MWh para 2028 em diante”, explicam.

Sobre o corte de custos e reestruturação corporativa, avaliam que ainda existe muito espaço para fechar a lacuna da Eletrobras frente seus pares, ainda que muito já tenha sido feito.

Os analistas destacam a implementação de algumas ações prometidas na privatização, como a redução da força de trabalho em 25% e despesas do PMS (Pessoal, Material e Serviços de terceiros) em tendência de queda.

Acordo com o governo pode ser gatilho para a Eletrobras

Um acordo da Eletrobras com o governo pode ser um gatilho, tendo em vista a redução do risco percebido pelos investidores, ponderam os analistas.

Neste sentido, a XP aponta que há três pontos principais em discussão:

• Governança;
• Antecipação de CDE (Conta de Desenvolvimento Energético);
• Eletronuclear.

” Esperamos que, dada a necessidade de ser aprovado por uma assembleia de acionistas, haja uma baixa chance de uma proposta destrutiva de valor ser aprovada”.