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Eletrobras derrete 11% em Nova York após desilusão com privatização

25 jan 2021, 12:14 - atualizado em 25 jan 2021, 12:14
Eletrobras
Painel de negociação na Nyse, em 2016: papéis derretem mais de 11%

As ações da Eletrobras (EBR; EBR.B) negociadas em Nova York derretem mais de 11% com os investidores desiludidos sobre a possibilidade de privatização da estatal. Os ativos não operam hoje na B3 (B3SA3) devido ao feriado de aniversário da cidade de São Paulo.

A maior empresa de energia da América Latina sofreu um forte impacto na semana passada na Bolsa. Os papéis caíram forte após o candidato favorito a levar a presidência no Senado, Rodrigo Pacheco, afirmar que é a favorável a privatização, mas que a pauta não é uma prioridade no momento.

“Embora consideremos isso com cautela, dado o ambiente eleitoral (previsto para fevereiro), não está claro se o Sr. Pacheco mudará sua posição atual”, disse o analista Francisco Navarrete Ricardo em um relatório da Ágora enviado a clientes na semana passada.

A notícia também teria motivado a saída precoce do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior. O argumento oficial foi “motivos pessoais”.

O executivo foi mantido no cargo na transição para a administração de Jair Bolsonaro, sob expectativas de que liderasse a continuidade de planos para a privatização da companhia

Ele, que assumiu o cargo em julho de 2016, continuará no posto até 5 de março para garantir uma transição adequada para seu sucessor.

O executivo foi mantido no cargo na transição para a administração de Jair Bolsonaro, sob expectativas de que liderasse a continuidade de planos para a privatização da companhia.

Mas a saída do executivo, que antes da Eletrobras presidiu por 18 anos a CPFL Energia (CPFE3), vem após poucos avanços na desestatização. Um projeto de lei nesse sentido encaminhado pelo Ministério de Minas e Energia do atual governo ao Congresso no final de 2019 sequer teve relator definido até o momento.

Em nota a clientes, a corretora XP Investimentos disse que a permanência de Ferreira no cargo estava atrelada ao andamento da desetatização e destacou que sua saída “ocorre em meio à sinalização dos principais candidatos à presidência da Câmara e do Senado de que a privatização da estatal não é prioridade”.

(Com Reuters)

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